sábado, 26 de dezembro de 2015

Comentando Trailers: X-Men Apocalypse

Salve, salve galera! Manda LP mais uma vez e olha, três textos em três semanas não é para qualquer um não hein! Eu devo estar me superando.
Como eu havia dito ainda no veredito de No Coração do Mar, eu iria fazer uma pegada contrária dos eventos que aconteceram nesses últimos meses, enfatizando primeiramente os filmes, depois vindo falar com vocês dos trailers de grandes blockbusters que saíram nesse mês e no finalzinho de novembro.
Da esquerda para direita, Tempestade,
Apocalipse e Psylocke
Hoje então nós começaremos com X-Men Apocalypse, mas quem ou o que diabos é Apocalypse LP? Vocês devem estar se perguntando. Então para começar eu vou contar para vocês quem é o mutante e principal vilão desse filme vindouro.
En Sabah Nur é considerado o mutante mais antigo que existe, nascido em 3.000 a.C no Egito, sobrevive até os dias de hoje graças ao uso de tecnologia futurística. Durante a infância, o mutante já despertava medo devido a sua pele azul e má formação, abandonado para morrer por sua tribo, foi encontrado e criado por um grupo de criminosos do deserto. O líder do bando, Baal reconheceu o poder e o potencial da criança e o levou consigo, nomeando-o En Sabah Nur que deveria significar o primeiro, mas que devido a um erro gramatical na verdade significa bom dia.
Nas HQs
A história do Apocalypse vai se tornando longa e complexa, mas resumindo em linhas gerais sua juventude, sua tribo morre, seu pai adotivo também, ele descobre que o faraó é na verdade um viajante do tempo e que foi responsável por algumas tentativas de assassinato, então ele jura se vingar. Vale ressaltar que depois da morte do rei do Egito e quando finalmente ascende ao poder, o mutante passa a ter importância em diversas tramas ao longo da história, enfrentando Drácula, tramando contra a rainha da Inglaterra. Mas é apenas um século depois que a coisa pega mesmo.
No trailer nos vimos o Anjo, (lembram dele de x-men 3?) a Tempestade, o Magneto e uma nova mutante, acontece que esses quatro mutantes formam o que nos quadrinhos são chamados de os Cavaleiros do Apocalipse, nas HQs ele sempre possuiu vassalos, sendo que em determinado período ele escolhe quatro “pessoas” para serem seus cavaleiros, no filme a mitologia dirá que a cada vez que ele aparece isso ocorre.
Jubileu
O problema é que fora seus cavaleiros, Apocalipse possui uma gama de poderes, o que o torna um mutante acima de todos os outros, aqui vai alguns deles:
Intelecto Genial, Transformismo, Rajadas de Energia, Invulnerabilidade, Imortalidade, Campos de Força, Teletransporte, Telecinesia, Mimetismo, Imunidade, Atributos Físicos Super-Humanos, Visão de 360°, Manipulação de Energia e Matéria a Níveis Subatômicos, Telepatia, Viagens Interdimensionais, Adaptação de Habilidades (Quaisquer Uma).
É poder pra burro!
Mas seguindo em frente nós chegamos ao filme e primeiro vamos conversar um pouco sobre a história, para depois falarmos sobre os personagens. Sabemos que ela se passará nos anos 80 e pegará a adolescência de muitos mutantes e beberá da fonte da origem do antagonista, não estando bem certo sobre qual das passagens dele nos quadrinhos que será representada. Sabe-se também que o filme mantém a linha temporal de X-Men, Dias de um Futuro Esquecido, que eu fiz um Pega a Pipoca, só clicar aqui.
Uma coisa interessante é que o filme dá a entender que tudo vai acontecer de forma meio suspeita, que aparentemente todos podem e vão estar de alguma forma sob a influência do primeiro mutante, mas isso é apenas especulação...
Outro ponto a se notar é a nova equipe de atores, eles possuem um ar totalmente diferente e bem encaixado no visual dos anos 80 nas novas Jean e Tempestade, isso sem contar a inclusão de Psylocke e Jubileu que também foram muito trabalhadas em seu estilo mais retro. Do lado dos homens, podemos ver um novo Ciclope e um Noturno que foi duramente criticado pelo público geral devido ao seu estilo. Ainda teremos o retorno de atores e seus personagens antigos, como Michael Fassbender, Nicholas Hoult, além de Jennifer Lawrence e James McAvoy e a grata surpresa do filme anterior o retorno do mutante Pietro, que depois de morrer lá em Vingadores 2, deve ter resolvido passar por essas bandas, será que a irmã dele estará também?
Eu acho interessante ver como essa história pode se resolver de uma maneira, onde nós veremos a construção do grupo original dos X-Men, mas também pode ser a chance onde os produtores da FOX darão um filme só para garotada, sem fazer necessariamente com que a trama gire em torno de uma pessoa só, como tem acontecido bastante, mas não se enganem amiguinhos tenho quase certeza que em princípio esse filme será praticamente da Jennifer, onde ela terá uma responsabilidade muito grande em seus ombros fazendo não poucas vezes, tal qual o trailer dá a entender o papel de líder do grupo.
Particularmente tenho boas expectativas com relação a esse filme, pode ser uma boa abertura para uma nova geração de atores, além de uma despedida para alguns outros, pelo menos em termos de formação, isso tudo inserido em uma história de um arco muito bom.
Lembrando que o Wolverine estará nesse longa também!
















Conforme for se aproximando, esperem mais posts, mais comentários de futuros trailers, até mesmo deste aqui...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Veredito: Victor Frankenstein

Salve, salve galera! LP aqui outra vez no que deve ser, sei lá, a primeira que eu consigo postar alguma coisa em um intervalo de uma semana. Uma tremenda evolução de fato.
Queria deixar aqui um aviso: Não irei falar de Star Wars, porque por onde eu olho as críticas são boas e os elogios fartos, a questão é que se eu não gostar, não vai haver saudosismo ou nerdicidade que vá me impedir de falar mal e no fim o clima pode ficar chato.
Mas esqueçamos isso, sim? Hoje vim trazer outro veredito, dessa vez o de um filme que eu assisti pelo menos duas vezes no começo do mês. Com vocês, Victor Frankenstein.
“Ao visitar um circo, o cientista Victor Frankenstein (James McAvoy) encontra um jovem corcunda (Daniel Radcliffe) que lá trabalha como palhaço. Após a bela Lorelei (Jessica Brown Findlay) cair do trapézio, o corcunda sem nome consegue salvar sua vida graças aos conhecimentos de anatomia humana que possui. Impressionado com o feito, Victor o resgata do circo e o leva para sua própria casa. Lá lhe dá um nome, Igor, e também uma vida que jamais sonhou, de forma que possa ajudá-lo no grande objetivo de sua vida: criar vida após a morte. ”
Inicialmente é preciso alerta-los que essa história em particular não bebe fielmente do livro escrito pela Mary Shelley, tomando por base uma nova releitura, onde além de inserir o personagem Igor (que cá entre nós, já apareceu em tantas mídias que aposto que a maioria acredita mesmo que ele faça parte da história original) ainda faz dele o protagonista, dando sua visão de acontecimentos como principal. E temos que dar méritos ao roteirista Max Landis por ter conseguido introduzir o personagem do Harry... digo, do Daniel tão bem, com toda uma construção elaborada que permeia a amizade e o fascínio entre o pobre corcunda e seu “criador”, está relação, que ao longo do filme será entendida como de dívida é que dará norte a história.
É interessante ver como se desenvolve as motivações de Frankstein, tendo alguma relação com a família, consigo mesmo e até há presente no filmes questões éticas e de cunho religioso e o que muitos as vezes enxergam como explicação em excesso, eu vejo mais como um acréscimo ao enriquecimento geral da historia, que em nada atrapalha o seu desenvolvimento, ao contrário, tende mesmo a ajuda-la. Ao passo que como falei ali em cima, Igor, compreende pelo que seu "mestre" está passando e com isso procura ajudar, no começo, apenas pelo conhecimento que este poderia prover, mas depois suas razões tornam-se mesmo verdadeiras.
Uma vez que o filme traz o assistente em um papel de destaque, vê-se que não é apenas Victor quem possui um intelecto superior, Igor logo de cara se apresenta como um apaixonado por anatomia, tendo desenvolvido seus conhecimentos na área de forma em que se tornará peça fundamental para que o personagem interpretado por McAvoy possa obter êxito em seu experimento de criar vida.
Na parte das atuações, James McAvoy, está como de praxe dedicado em seu papel, inteligente e focado, no começo parece sempre certo do que está fazendo e o porquê de estar fazendo, mas James se alteram e ele vai passando a merecer sua alcunha de louco, estando cada vez mais obcecado, instável e cego a qualquer coisa que não seja dar vida a sua criação.
conforme o longa avança e a maneira como o ajudante muda, seus conceitos sobre o mentor e a própria interpretação de
Conforme vamos assistindo ao filme, vai ficando fácil perceber o porquê de Daniel Radcliffe ter escolhido esse papel em particular, uma vez que ele volta ao ambiente sombrio, além de ter um desafio físico, por outro lado o inspetor (Andrew Scott) tem uma atuação um tanto fria sendo um dos personagens construídos de maneira mais fracas, ainda que suas justificativas sejam validas, seus meios de faze-la perdem a força que poderiam ter.
Infelizmente não consegui achar nenhuma maneira de falar do monstro sem dar spoilers do filme, apenas posso dizer que a criatura segue a mesma linha quadrada clássica interpretada por Boris Karloff em 1931, estando atualizado de forma pertinente.
Acho interessante frisar que o filme me lembra um bocado o Sherlock Holmes da Warner, estrelado pelo Robert Downey jr. No sentido do Victor ser muito inteligente, mas meio louco, meio egocêntrico, entretanto é também brilhante, e que facilmente é capaz de entrar em combate em câmera lenta com qualquer um!
  • Dou o selo Copolla (que não tem foto, porque todos têm de saber quem ele é) por ser uma ótima releitura, sob um ponto de vista moderno, de uma clássica historias de 200 anos atras.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Veredito: No Coração do Mar

Salve, salve galera! Há quanto tempo hein? Fiquei bastante tempo afastado, infelizmente tomado por assuntos de suma urgência e depois por uma cirurgia, que não vai virar post, porque ninguém quer saber da minha vida particular, mas que vai me deixar de molho por algum tempo e me propiciará a oportunidade de fazer uma porrada de coisas, tipo ler os livros em atraso, acompanhar séries novas, e com certeza postar mais! Assim espero, claro.
Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu no mundo do cinema, vimos um novo teaser e três trailers de Batman vs. Superman, Capitão America, Guerra Civil e hoje mais cedo o de X-Men Apocalipse! Isso sem contar uma teoria que eu gostaria de expor a vocês e duas estreias que precisam de um veredito...
Bom, como acabei me atrapalhando muito com essa cirurgia, terei de começar ao contrário com o Veredito de um filme e depois falaremos dos trailers, pois com eles eu iniciarei uma nova "pegada" no blog.
Juju, pela grande admiração que eu tenho por você, que sempre me parece uma figura no minimo impressionante, começarei com seu pedido, se é que foi pedido, né?
Comecemos então com o Veredito de "No Coração do Mar", o título que de longe deve ser o mais poético que eu já vi.
Lembrando que caso você não conheça nossa linha de classificação da coluna Veredito, clique no Link!
"1820, o navio baleeiro Essex parte em busca do precioso combustível que move a humanidade . O navio é liderado pelo inexperiente capitão George Pollard (Benjamin Walker), que tem Owen Chase (Chris Hemsworth) como seu primeiro oficial. Owen sonha em ser capitão e tem o objetivo de superar a meta traçada por seu empregador. Eles navegam por meses em busca de baleias, mas se deparam com uma grande ameaça, uma gigantesca baleia branca que irá lutar por sua sobrevivência e acabará atacando o navio e sua tripulação."
Assim, estou um pouco fora de forma, mas vamos ver se consigo começar, o filme tem seu inicio de uma maneira um tanto comum quando se quer dar explicações de algo, um narrador que discorrerá e explicará todos os eventos de forma linear, onisciente, clara e coesa. Evidente que apesar dessa manobra, Ron Howard não me desapontou, ou mesmo conseguiu me fazer ter algum tipo de desgosto antes de começar de fato sua história que nada mais é do que uma retomada de parceria com Hemsworth para contar a história por trás do clássico da literatura Moby Dick, de Herman Melville.
E não é outro se não o próprio Herman (Ben Whishaw) que baseado no naufrágio do navio baleeiro Essex, busca construir as linhas para sua própria, buscando antes saber a verdadeira história por traz do navio e para isso, entra em contato com um traumatizado sobrevivente (Brendan Gleeson). Este começa sua narrativa dispondo que aquela historia é de "dois homens", onde ele é apenas um jovem (e futuro homem-aranha) marinheiro que vai expor as diferenças entre os dois principais, o capitão e seu imediato.
No coração do mar nada mais é do que a clássica historia do homem contra a natureza que muitos de vocês talvez já estejam acostumados ainda que não tenha aquela obsessão que a maioria certamente leu no livro, nesse filme nos podemos ver a forma como o roteirista Charles Leavitt constrói uma historia de contrastes, tanto dentro do navio, quanto fora dele, enquanto o jovem escritor se compara a seu ídolo e o homem atormentado confronta seus demônios.
Ainda que o conflito entre Pollard e Chase pareça protocolar, assim como a conclusão, após o ataque da grande baleia, de que o homem deve respeitar a natureza, não tentar dominá-la, há boas cenas, , principalmente nos momentos de perseguição. E é interessante ver que mesmo algo comum para a época, como quando Holland e o imediato contemplam o corpo ensaguentado de um animal, não deixa de ser brutal, sendo aí que o filme ganha alma. Na sua atuação e não em seus efeitos que são um tanto artificiais, abusados da computação. Por outro lado, o que dizer da parte física, todos viram as fotos de antes e depois do Chris Hemsworth? Que carismático, faz com que todos torçamos pelo seu retorno para casa e que fiquemos do seu lado nos momentos de maior sofrimento.
Agora, confesso que fiquei mais tenso no trailer, do que no filme propriamente dito, embora tenha boas atuações e uma boa direção, as expectativas criadas em torno da frase: "É só uma baleia", me deixaram mais de cabelo em pé na curta passagem, do que no longa.






  • James Cameron: É um bom filme, boa história, bom roteiro que o tornam interessante e divertido, mas mediano afinal.







sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Veredito: 007 Contra SPECTRE

Salve, salve galera! Manda LP mais uma vez depois de conseguir algum tempinho nos meus afazeres. E nesse tempo conseguido, resolvi me dedicar a falar de duas coisas: a primeira, que é retratada no post de hoje é mais um filme da coluna Veredito. A segunda, que se tudo correr como planejado virá semana que vem, será um textinho de boa sobre filmes no geral.
Mas sem mais demora, vamos logo para o Veredito de 007 Contra Spectre:
"James Bond (Daniel Craig) vai à Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal sobre a misteriosa organização chamada Spectre."
Vou ser bem honesto com vocês, para mim é muito difícil escrever sobre um James Bond, talvez pelo fato de não me importar tanto com a franquia quanto deveria. Sim, reconheço que é um clássico, reconheço os pontos, nuances e sutilezas que o personagem traz consigo ao longo dos 24 filmes que tem a franquia, mas James não é, nem de longe, meu personagem espião preferido. (Eu assisti a pelo menos 18 dos 24 já lançados)
O agente double “o” seven é uma figura bem conhecida ao longo de todos os seus filmes, não à toa o personagem permite que atores entrem e saiam do papel, uma vez que James Bond tornou-se muito maior do que qualquer ator. Então para começar, concordo com uma opinião que li em um dos grandes sites, o filme tem um tom de como se quisesse finalizar a franquia. Isso Fez com que eu me perguntasse. Qual a necessidade disso? Uma vez que o personagem é maior do que o ator, fazer algo desse tipo reduz esse intuito. Posso afirmar sem sombra de duvidas que as histórias eram mais interessantes quando eram arcos fechados, únicos, com começo, meio e fim em um só filme.
O que complica ainda mais, é que é de um jeito bem truncado que o diretor Sam Mendes se presta a fazer o processo de amarração da franquia Craig: primeiro exemplo, ele faz um movimento meio que sem nexo para despertar um trauma do agente, mas que parece ser feito tão na má vontade que o pensamento que fica é de que era melhor nem ter colocado. No segundo exemplo vê-se que vem dos primeiros filmes o vilão, interpretado de jeito contido por Christoph Waltz, mas há só um punhado de reminiscências, organizadas como plot twist, não basta para recuperar a dimensão trágica do personagem, apresentada em Cassino Royale. No filme eles abrem uma questão e de repente deixam de lado, algo que diga-se de passagem deveria ser muito importante. Estou tentando ao máximo tocar em pontos que podem dar spoiler, ta difícil pacas.
Falando um pouco sobre atores agora, Daniel Craig está em ótima forma fazendo suas cenas de ação, quero dizer, ele corre e corre e em momento algum demonstra sequer estar ofegante, de forma que demonstra uma frieza mesmo diante das situações mais adversas. O problema é que nunca antes ele pareceu tão cansado, seja de representar o papel, seja do que for, dava para ler isso nos olhos do ator, por traz de qualquer expressão que ele fizesse.
Léa Seydoux entra no papel de bond girl e até que está bem, inclusive com momentos em que mostra alguma sedução e outros onde exibe algum tipo de força, ela está bem, para algo de padrão mediano. Quero dizer, ela não é nenhuma Rebecca Ferguson, em nenhum sentido, mas faz bem seu papel. É bem provável que eu é que tenha me acostumado mal neste caso em particular, com uma protagonista em filme de espionagem que faz de tudo um pouco, literalmente (é a bela, a agente, a motociclista, a lutadora, engana o protagonista) e agora qualquer coisa abaixo disso me pareça sem sal...
Dave Bautista, aparece inicialmente como um vilão clássico da série de filmes, porém rapidamente torna-se pouco aproveitado, isso porque os vilões do 007 costumam a ter um tom meio irreal, quem aí não se lembra do Jaws e seus dentes de aço no Rio de Janeiro? Bautista aparece no começo do filme munido com um acessório interessante: pontas de aço nos dedos. Infelizmente seus dedos com pontas metálicas são usados apenas uma vez, e então, no confronto direto com Bond eles nem aparecem mais em suas mãos.
Mas não serei apenas negativista, o filme tem coisas muito legais, eu estava assistindo na segunda vez com um amigo meu, e ele virou pra mim e disse:
“É o Vaticano! Como eles conseguiram filmar no Vaticano?”
Além de toda a primeira cena, desde a parte do helicóptero no México até cada detalhe do dia dos mortos que impressionam a gente um bocado. Uma coisa é certa, os cenários são incrivelmente bem trabalhados principalmente na cena de abertura, onde trilha sonora, cenário e sequencia de ação trabalham muito bem juntas.
É um filme ruim? De forma alguma, é só que sendo James Bond é esperado algo pelo menos um pouco acima da média, o que não ocorre, muito devido a má vontade de roteirista e diretor.
Por mais que eu não quisesse, infelizmente eu terei de fazer uma comparação com um outro filme desse ano que na minha opinião foi muito melhor. Acho até que vocês sabem qual...

Não, nem vou citar as cenas sem duble, vou citar apenas um personagem, Ilsa. Algum tempo depois de MI5, bem depois que digeri o filme, eu percebi algo muito impressionante. A personagem meio que trouxe uma nova forma de as atrizes agirem em filmes protagonizados por homens, onde não necessariamente elas roubam a cena, roubam o brilho e sim trabalham em conjunto com os mesmos a fim de tornar a franquia melhor. E desculpem-me, mas façam mais filmes com personagens como a Ilsa, sim? Onde tanto ela quanto Ethan brilham de maneira muito igualitária.




Selo Cameron: É um filme mediano, não acrescenta muito, nem traz nada que impressiona de fato, seja a trilha do Sam Smith, ou os efeitos, ou mesmo os carros.








domingo, 1 de novembro de 2015

Vá ao cinema!

Salve, salve galera. O post de hoje, diferentemente de como vocês já se acostumaram, não traz nenhuma informação, nada de novo nem ao menos uma opinião sobre algo que esteja acontecendo no atual e, diga-se de passagem, badalado mundo do cinema.
Me vejam hoje apenas como um amigo, ainda que muitos de vocês não me vejam assim, talvez por não me conhecerem, talvez por nunca terem me visto, ou sequer ouvido o som da minha voz, mesmo assim eu me considero um amigo para qualquer um a quem dedico e que dedicam um tempo para trocar experiências. E o texto de hoje vale como uma troca de experiencia, talvez até mais do que isso, uma vez que como o título de cima sugere, lhes farei um apelo.
Não, não se trata de apenas ir ao cinema, mas de dispor um pouco de tempo para as coisas simples da vida e mais, para que tomemos um rumo contrario do que já estamos acostumados e ao invés de tornarmos tudo mais difícil, de repente descomplicarmos ainda mais nosso ambiente. Afinal de contas, já faz um tempo eu vejo que o cinema, principalmente, tornou-se uma forma muito mais estressante de se ganhar a vida, do que aquela diversão ao qual se propunha a alguns anos atrás. Não através dos executivos, claro, para esses talvez a visão lucrativa nunca mude, eu quero dizer através do público em geral que como eu disse em uma crítica anterior: "Tornam-se analistas tão ferrenhos que esquecem de apreciar os bons momentos que estes espetáculos nos proporcionam. "
Esse texto é sobre viver, os detalhes, os momentos, ver um filme, uma peça, um show, apenas pelo prazer de ver, apenas pela pessoa que nos acompanha, vamos estreitar esses laços humanos que estão tão frouxos e que criam um vazio dentro de nós, vazio que não pode ser preenchido com objetos, com desejos provincianos, com mais nada que não seja a simples presença de outro ser humano.
Vamos rir, vamos jogar conversa fora, olhar nos olhos uns dos outros e dizer como realmente nos sentimos a respeito de tudo aquilo que corre em nossas mentes, vamos parar de nos flexibilizar a ponto de agradar o eterno e desconhecido "cliente" e nos apegar a valores próprios, pois quando deixamos de fazer isso, um pouco de nossa identidade morre também.
A vida passa tão rápido, os momentos são tão fugazes, só uma questão de minutos e o espetáculo já acabou, não vale a pena nos apegarmos ao que nos põem para baixo, ao que não nos ajuda a crescer como indivíduos e ao que vai prejudicar não só nós mesmo, mas aqueles ao nosso redor.
Posso dizer que ajudei uma amiga em uma campanha de intuito nobre, mas talvez não pela razão certa, julguem-me pelas palavras que direi aqui, mas não tenho medo de escreve-las, fiz o que fiz, não por outra razão se não para "experienciar" mais um contato com outro ser humano. É assim que eu vivo agora, buscando novas experiências, fazer as coisas apenas por fazer, sem que um conceito ou um padrão me impeça de agir da maneira como eu me sinta melhor, afinal de contas se enquanto você estiver aqui no planeta terá de conviver consigo mesmo e com suas escolhas, porque não abraça-las certo de que por mais que se erre, elas foram feitas e você irá encarar todos os resultados disso.
Por mais que não exista formula perfeita para a felicidade, por mais que se passe uma vida inteira buscando conhecer a si mesmo, ainda que tenha todas as dúvidas e incertezas, a vida vale a pena ser vivida e aproveitar melhor os momentos pode acabar sendo a chave, ou melhor, a linha que separa você da loucura do resto do mundo.

Um homem sábio certa vez disse: "Você está diante de um mundo extraordinariamente competente em te entristecer, mas que aqui e ali, também é capaz de te proporcionar grandes alegrias, momentos que você gostaria que nunca mais acabassem. "

"Viva desejando que cada instante dure um pouquinho mais. E torça para que a vida não acabe nunca. " – Clóvis de Barros Filho. 

PS: Sim, hoje estou meio filósofo.

sábado, 31 de outubro de 2015

Como o orçamento influencia a qualidade de um filme?

Salve, salve galera. Quanto tempo eu não postava aqui hein? Já tinha até esquecido como era o layout do meu blog. Hoje estou escrevendo algumas linhas e mais uma vez sem ter muita certeza se este assunto vai render um bom texto, não sei o que está acontecendo comigo, porém eu vou pondo uma linha sobre a outra e vamos ver até onde vai.
Quanto ao texto de hoje queridos e queridas. Após uma ou duas perguntas eu notei que ficou no ar uma dúvida a respeito dos filmes de super-heróis e das produções hollywoodianas em geral, então se mais alguém tiver dúvidas e de repente não conseguiu, ou não teve coragem de perguntar eu vou explicar aqui, pelo menos tentar né.
E basicamente o que vão ver é um apanhado de teorias baseadas em visualização e comparação, logo não há nenhuma prova verdadeiramente fundada, tudo o que eu posso lhes oferecer apenas é minha tentativa de explicação.
Então peguem suas calculadoras, que hoje vamos ver as cifras de algumas das maiores produções do cinema!
Alguém, em algum momento sugeriu que é possível fazer bons filmes com um baixo orçamento, porém não há como saber se essa lógica funciona com filmes de super-heróis.
Pois bem, para determinar o grau de sucesso de um filme usarei apenas o pensamento puramente executivo, ou seja, arrecadação, logo a comparação se dará entre o custo bruto do filme e o quanto de bilheteria ele arrecadou.
Filme
Custo
Bilheteria
Duração
Superman 1978
55.000.000
300.218.018
143 min
Blade 1998
45.000.000
131.183.530
120 min
X-Men, o Filme 2000
75.000.000
296.339.527
104 min
Batman Begins 2005
150.000.000
374.218.673
140 min
Homem de Ferro 2008
140.000.000
585.174.222
126 min
Vingadores 2012
220.000.000
1.519.557.910
143 min
O Homem de Aço 2013
225.000.000
668.045.518
143 min

É interessante salientar que eu peguei dois filmes do Superman, o primeiro com o amado Christopher Reeve e o segundo, com o ainda buscando seu lugar ao sol, Henry Cavill.
De acordo com a tabelinha a cima nos filmes de super-heróis, podemos ver uma relação no mínimo interessante, todos os filmes, a exceção de Batman tem um relativo sucesso de bilheteria arrecadando quase o triplo de seu custo, o que poderia ser considerado sucesso, claro, se ignorarmos os fatores como: recepção positiva do público e da crítica e pensarmos apenas no grosso dos números, neles há também uma coisa em comum, fora X-Men todos tem pelo menos duas horas de duração.

Vale observar um ponto interessante também, que é o cenário onde esses filmes estão envolvidos, por exemplo: O sucesso estrondoso do primeiro Superman, que foi um filme que trouxe uma revolução no gênero, quebrando a barreira dos 300.000.000 e sendo um sucesso de publico e critica. diferentemente do seu sucessor, que mesmo sendo do mesmo herói e não sendo totalmente um fracasso, não foi tão bem assim.
O que isso nos diz? Que para o filme ser "bom" ele precisa ter pelo menos duas horas de duração, a fim de contar uma boa história, mas ainda há fatores que poderão ajudar, os efeitos especiais, a direção, retiro daqui os atores (farei um post especial sobre eles em breve) que por consequência fara com que o longa arrecade uma boa quantia nas bilheterias. Se pegarmos as maiores bilheterias do cinema, asseguro-lhes sem sombra de dúvidas que o resultado é o mesmo, porém, e quanto aos filmes de sucesso com baixo orçamento e/ou duração?
Reparem que filmes de menor duração tendem a ser mais simples, contam historias não tão complexas e costuma  a ser de comedias, ou animações em geral, dificilmente se vê algum filme com um roteiro mais "difícil" com apenas 90 minutos.
Amigos, se analisarmos os filmes que são de alguma forma um sucesso, mas possuem um orçamento menor, veremos também uma duração de pelo menos duas horas com um custo bem abaixo e normalmente uma falta de pressão para arrecadar valores astronômicos, já que eles são especialmente feitos para festivais. Para esses filmes é preciso usar uma logica diferente de sucesso, irei desconsiderar a crítica
em geral e a bilheteria que normalmente nem sempre é a melhor e pensar em filmes premiados com Óscar.

  • Entre eles temos então: A teoria de tudo, Birdman, Uma mente brilhante, O paciente Inglês, Forrest Gump e Dança com lobos. Mesmo entre essas produções há pelo menos mais de duas horas de duração. Embora Birdman, e ressalto ele em particular, tenha uma bilheteria ate que fraca se compararmos com os filmes de bilhão
Mesmo alguns desses ainda conseguem ganhar uma quantia razoável de dinheiro, logo a conclusão que se chega é que o mercado não é totalmente uniforme, e que com certeza a mais do que apenas bilheteria determinando o sucesso de um filme, há um conjunto de fatores, como roteiro, elenco, diretor, até os produtores...
Porém eu começo a acreditar piamente em uma coisa. Filmes que queiram contar uma boa historia precisam de pelo menos duas horas de duração, menos do que isso por vezes ele acaba se enrolando, acelerando o que não devia e se demorando em fatos inúteis, além de ter um imensa dificuldade de aprofunda-se no próprio roteiro.
Tentei fazer o melhor que pude gente, mas talvez fosse mais claro em um vídeo do que escrevendo, enfim, o próximo post será mais simples.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Veredito: Missão Impossível - Nação Secreta

Salve, salve galera… Provavelmente quem acompanha o grupo no Facebook deve estar se perguntando, cadê o post sobre Mad Max? Calma gente, é um texto elaborado, vai ser mais do que uma simples crítica e eu preciso de um tempo bem razoável pra fazer um troço bem feito. Enquanto vou montando aos poucos aquele texto lá, não deixo vocês sem conteúdo aqui no espaço, então o post de hoje vai ser mais um no estilo crítica/veredito dando sequência a nova coluna, lembrem-se de conferir a escala de classificação de filmes aqui, hoje eu trago um filme que já estreou há um mês mais ou menos, mas que ainda dá tempo de assistir no cinema, caso queiram. Com vocês Missão Impossível, Nação Secreta.
“Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo pessoas não muito confiáveis...”
Gente, o que falar desse filme, serio, acho que primeiro eu preciso começar falando que o Tom Cruise deve ser meio louco, para não falar coisa pior, quero dizer, as cenas de ação, praticamente todas, se não todas foram feitas por ele, incluindo a primeira do avião onde ele fica pendurado a 1,5 km de altura! Jackie Chan? Que bobagem...
Fazia um tempo que Tom andava meio que com a carreira “naquelas”, alguns episódios de extravagancia, seu divórcio motivado aparentemente pela religião e algumas bilheterias fracas, nada que realmente fosse um problema, mas simplesmente não era nada espetacular, isso acabou se refletindo em Missão Impossível 3, um dos filmes mais fracos da franquia tanto em bilheteria, quanto em qualidade.
Nós que tivemos a música tema do filme nos celulares mais antigos (quem lembra?) e gostamos da franquia, tivemos a sorte dele não ter desistido mesmo quando a Paramount resolveu abandonar os filmes. Aposto que deve ter dado um trabalhão convencer os estúdios, mas ele conseguiu voltar com Protocolo Fantasma, que diga-se de passagem é um bom filme que arrecadou seus quase 700 milhões e agora com Nação Secreta ele prova que voltou e que não é um ser humano.
Durante o filme vemos Hunt investigando uma agência de espionagem internacional que se auto proclama, o Sindicato. Ao mesmo tempo, sua agência, a IMF sofre pressões do governo dos Estados Unidos, que consideram que Hunt criou o Sindicato para acobertar seus próprios crimes. Contando com a ajuda de Benji (Simon Pegg) peça importante tanto na parte de alivio cômico, quanto como fator de ligação do público com o filme, representando a vontade dos espectadores de participarem da ação, Ethan descobre planos para capturar/assassinar importantes políticos da Europa, assim, sem o apoio de seu governo, tentará impedir o Sindicato de seguir com seus planos. Evidente que o agente secreto ainda contará com sua mais do que competente equipe, logo elenco conta ainda com as presenças de Jeremy Renner, Ving Rhames que é o único a estar presente em todos os filmes da franquia e em vários filmes do Tom Cruise, diga-se de passagem, ainda há a também as presenças de Alec Baldwin e Simon McBurney
Agora destaque mesmo é a bela Rebecca Ferguson, que interpreta Ilsa Faust, uma agente infiltrada no Sindicato que ajuda e ao mesmo tempo joga com Hunt, deixando a sensação de que ela não pode ser confiável. A atriz faz mais do que ser apenas uma “bondgirl”, ela tem uma participação importante na ação e motivações verdadeiras, tal qual Ethan e o espectador será envolvido pela personagem, que nos levará para lugares e momentos que os amantes de cinema poderão reconhecer como o passeio por Casablanca, com Tom Cruise e seu terno azul no deserto fazendo as poses mais cool.
O filme é dirigido por Christopher McQuarrie, do interessante Jack Reacher, o Ultimo Tiro, detalhe que ele também foi colaborador com o roteiro do filme, que é bem dirigido e pela terceira vez eu vou ressaltar, as cenas de ação do filme são uma coisa de louco, a cada filme Tom vai se superando, mas não resumamos o filme a apenas um bloco de cena de ação, afinal de contas se só isso valesse de alguma coisa, os filmes do Jason Statham arrecadariam bilhões, não MI tem algo a mais, por exemplo, o filme segue uma serie de reviravoltas, são plot twist  atrás de plot twist¹ sempre mudando as coisas e te deixando um pouco no escuro quanto ao que vem a seguir. Isso sem contar as viagens pelos mais diferentes cenários, Marrocos e Inglaterra são só alguns exemplos.
Na parte dos atores, o que vemos é uma maior participação de Simon Pegg na franquia, além de um Jeremy Renner que anteriormente serviria como substituto de Cruise, seguindo o caminho inverso, Ving basicamente é Ving, ainda que sua interpretação não acrescente horrores eu gosto do cara.
Mas o ponto aqui queridos é Rebecca, céus como essa mulher deitou, me desculpe Charlize e Bryce Dallas, mas o papel de atriz de ação do ano vai para a Sueca, nunca vi ninguém enfiar uma faca no peito de um homem, descer por uma corda e pedir para tirarem o salto com tanta classe, olha, a mulher é zica, isso porque dizem que os suíços são pequenos e neutros...
No mais vale ressaltar que a trilha sonora, ainda que muito bem feita e que case bem o cenário europeu e as cenas de ação, não se aproveita tanto assim do tema clássico do filme, mas novamente é uma trilha muito boa e que acompanha muito bem o ritmo do filme.
Pode até ter um ou outro clichê neste longa, mas nada que não deixe a trama até melhor de acompanhar. Sim gente, esse pode até não ser o filme genial em todos os sentidos, mas é muito bom e valeria um selinho Fincher pelas loucuras do Tom Cruise.

¹mudanças súbitas na trama e no roteiro.





Sim, é isso galera, Tom Cruise de volta a velha forma em mais um e com certeza o melhor filme Missão Impossível.


  • Vale sim um selo Fincher, não por ser genial, mas pelas cenas de ação totalmente loucas feitas pelo próprio ator. Não houve duble gente, pelo amor!!!

domingo, 30 de agosto de 2015

Futuro do Quarteto

Salve, salve galera! LP está na área e embora eu não tenha muita ideia do que postar hoje, eu resolvi batucar no teclado e ver o que sai. Na verdade, verdade mesmo uma coisa passou pela minha cabeça, a possibilidade de que talvez ainda seja necessário que eu tenha que me provar como conhecedor de filmes então por isso decidi fazer o post de hoje.
Mas antes acho que preciso começar apresentando a minha nova escala de notas de filmes, baseada em: diretores.




  •     Martin Brest: Um fracasso total, tão destruído pela critica e pelo publico que definitivamente é uma perda de tempo assisti-lo. (1/5)





  •  Irmãos Wachowski: Começa bem, desanda pelo caminho e no fim acaba escorregando feio, consegue ser mais instável que a programação da tarde do SBT, porém ainda há pontos positivos que valem ser ressaltados. (2/5)



  • James Cameron: Na sua maior parte é mediano, no entanto, ao contrario do que a intriga da oposição diz, seus pontos altos são tão altos que por vezes vocês tem certeza que o filme é genial. (3/5)


  • Francis Coppola: Não tem foto porque se você nunca assistiu a um filme dele, você não merece respirar e se não conhece você me dá vergonha, afinal os geniais nem precisam, seus nomes é que serão lembrados pela eternidade. (estou me sentindo poético). Para assistir esses filmes você estaria disposto a lutar contra oito búfalos, jacarés, tubarões e a divida grega, mas no fim saberia que tudo valeu a pena. (4/5)


  • David Fincher: Seus filmes farão seu cérebro explodir, como uma roupa apertada frente ao derradeiro brigadeiro. Então quando assistirem um filme em cuja a critica aparecer essa foto, acreditem, o filme é excelente. (5/5)




Agora que já chamei a atenção de vocês para a escala que haverá nas críticas dos filmes, posso voltar para o que eu queria desde o início, falar um pouquinho sobre o futuro de Quarteto Fantástico no cinema e com isso levantar um ou outro ponto interessante sobre a franquia e o cinema no geral. Então, vamos lá?
Com um orçamento beirando aproximadamente os 120 milhões de dólares e uma arrecadação de 130 milhões ao redor do globo (17 de agosto de 15) o que podemos tirar de informação destes números em um primeiro momento é que o filme foi, de certa forma, um fracasso de bilheteria (calma, segurem essas pedras) pelo fato de ter apenas conseguido se pagar e ter obtido US$ 10,000,000.00 de lucro para a Fox, qualquer coisa menor do que isso, pode ser considerada como um desastre e vou ilustrar isso para vocês. Em 2012 a Disney apostou cerca de duzentos e cinquenta milhões em John Carter, um filme de orçamento monstruoso, vide Vingadores do mesmo ano que teve duzentos e vinte, detalhe que ambos são do mesmo estúdio. Não estou aqui para determinar qualidade, pelo menos não hoje, mas Carter foi um desastre mundial tão imenso que custou a cabeça do presidente dos estúdios do Mickey.
Percebam, de um ponto de vista econômico, o que ocorreu com a primeira família da Marvel foi péssimo para o estúdio, os milhões ali em cima investidos tendem a dizer respeito “apenas” ao que foi gasto com o filme, fora parte campanhas publicitarias e de marketing que normalmente são uma nota.  Mas o que causou tudo isso? Você deve estar se perguntando.
Bom, na verdade existe alguma nevoa ao redor desta produção, para começar o diretor Josh Trank disse que a Fox iria lhe entregar um filme com um grande orçamento, mas que no fim o orçamento foi cortado pela metade. Os valores que nós temos são os cento e vinte e pouco, uma conta rápida nos diz que esse filme teria o que? 240.000.000,00 de orçamento? Quase o mesmo orçamento que o principal filme da DC para o próximo ano, ou colocando de uma maneira mais tangível, maior que o da principal franquia do mesmo estúdio, os X-Men.
Uma rápida pesquisa nos principais sites de entretenimento e twitter falam que o diretor entrou em conflito com o estúdio de gravação, um assunto polêmico, mas que não nem um pouco novidade, posso citar a exemplo disso o próprio Fincher que ilustra nossa escala que mais de uma vez brigou com a mesma Fox no passado e que hoje é tão amado por ela, além de Coppola com sua trilogia do poderoso chefão que dizem a lenda, certa vez foi visitado por Scorsese nos estúdios da Paramount e este o viu chorando. Imaginem o quanto não deve ter sido duro, no entanto é preciso ter em mente que por mais que você no papel do diretor se apegue ao trabalho, aquilo não é seu, o que você está fazendo pertence ao produtor, pertence a quem entra com a grana e eles querem ver o dinheiro de volta, é difícil? É. É chato? Com certeza, mas não dá pra discutir com quem está pagando, agora o Josh deve passar um bom tempo na geladeira devido a esse conflito.
Nesse caso em especial teve um nome que terminou por enterrar tudo, isso porque eu só estou falando da briga de engravatados, ainda vou entrar no elenco, seu nome Simon Kinberg. O que ocorreu no caso é que Josh estava cotado para Star Wars, porem o produtor que é um dos nomes mais fortes na Fox e que também está por trás de guerra nas estrelas simplesmente mandou ele pegar suas coisas e ir embora, Star Wars não é para o seu bico. Ou seja, o diretor já não estava sendo bem visto em nenhum lugar.
Para terminar ainda temos as notícias de que o diretor quase saiu no tapa com o Miles Teller, o ator
principal, um adendo que James Cameron também é tido como um esquentadinho, palavras ditas por ninguém menos que o próprio Arnold Schwarzenegger,  durante a produção de Exterminador do Futuro, só que, acredito eu, brigar ou irritar-se e partir para agressão física sejam duas vertentes bem distintas entre si e aparentemente esta última foi o ponto do diretor. E quando você acaba por sair na mão com alguém, você perde qualquer razão que possa ter, além do respeito de toda a sua equipe.
Então é isso pessoal, eu acredito que o que vai ocorrer é o seguinte, o diretor ficará algum tempo na geladeira, se conseguir arranjar algum trabalho agora que está tão mal visto. Por outro lado, desde que perdeu os direitos de Demolidor a troco de nada a Fox tem uma encrenca muito grande com a Marvel-Disney e as consequências disso meu povo? Ela fará outro filme, ainda que tenha que adiar, ainda que não una necessariamente agora os universos dos mutantes e do Quarteto, ela vai fazer outro filme, a raposa não vai entregar os direitos assim facilmente.

É isso pessoal, deixem as opiniões de vocês sobre o que acontecerá aí nos comentários...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Veredito: Quarteto Fantastico

Salve, salve galera, aqui é o LP em uma nova coluna onde irei passar-lhes o veredito dos filmes que saíram recentemente no cinema. E para o filme de hoje, embora já tenha saído no começo do mês, vamos falar do conturbado Quarteto Fantástico.
“Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). ”
É gente, nem parece, mas faz dez anos desde que o primeiro Quarteto Fantástico foi lançado no cinema e o que vemos hoje é uma Marvel bem consolidada com seus filmes além de uma Fox que já atingiu um forte patamar de excelência com sua principal franquia, os X-Man. Voltando-se então para um novo Quarteto, o resultado obtido pelo estúdio é amplamente superior ao que vimos nos filmes estrelados por Ioan Gruffudd e Jessica Alba, principalmente por adotarem uma formula que há muito tempo vem dando certo nos filmes, a receita de se humanizar os personagens, que quase sempre acaba por ser tornar uma busca desesperada para trazer relações que por fim acabam deixando os filmes ainda mais clichês e de almas perdidas.
O que vemos no enredo é uma maior exploração das ligações de amizades e de família, quero dizer, o ritmo com o qual as relações vão sendo construídas obedece uma lógica quase indiscutível, porém mesmo isso parece que ficou incompleto. Simon KinbergJeremy Slater e Josh Trank (esse último sendo o diretor) optaram por contar a história pela ótica de Reed Richards, tal qual o universo ultimate, ponto para eles nesse aspecto. Mas apenas esse ponto, já que logo depois disso as coisas resolvem dar uma ligeira desandada.
Sem precisar de muitas explicações por operar em terreno emocional conhecido, o filme teoricamente funciona bem nesse sentido. O casal de irmãos Susan e Johnny e sua relação com o pai são retratados de maneira competente, porém os vínculos de amizade entre Reed e Ben Grimm (Jamie Bell) são econômicos demais, quase não parecendo justificáveis, ou mesmo plausíveis. E, quando os mundos se encontram, eis que entra em cena o desconfiado e genial Victor Von Doom (Toby Kebbell) que me pareceu um tanto subaproveitado sob o pretexto de segundo homem mais inteligente da terra e que, diga-se de passagem, tem uma história de origem interessantíssima.
Mesmo assim o filme ainda teria créditos como sendo uma ficção científica digerível nos momentos de toque de horror como quando surgem os superpoderes, as habilidades do quinteto jamais são tratadas como uma dádiva, mas como uma reação fisiológica tão exuberante quanto perigosa e com isso os militares se encantam.
Mas é só isso, a partir de então ele se perde, aparentemente motivado por uma Fox que queria uma maior participação dos super-heróis, vale ressaltar que este não é um filme comum de super-herói, há ele pode até ser visto como um tanto parado, devido ao fato de passar boa parte dele em um só lugar, mas aparentemente Trank teve que fazer mudanças de última hora no roteiro e em todo o último ato, ainda que se perceba isso a impressão que fica é que o filme se constrói como se não conseguisse justificar a cena passada e por isso prefere deixa-la de lado.
Talvez o pior mesmo seja para quem conhece um outro trabalho do diretor (Poder Sem Limites) vai saber que ele leva um bom tempo para montar a historia, construir os personagens e ao fim ele resolve tudo muito rapidamente, o que acaba atrapalhando o andamento geral do filme.
Vale ressaltar que a interpretação dos garotos foi notável, de todos eles e mesmo que o orçamento de U$$ 120,000,000.00 seja um dos mais baixos de toda a Marvel, o que prejudicou muito os efeitos especiais e o próprio acabamento de personagens como o Dr. Destino. No entanto torna-se difícil produzir qualquer coisa decente quando diretor entra em confronto tanto com o elenco quanto com o próprio estúdio, que diga-se de passagem paga toda a produção.
Por hora, o que falta é esperar o resultado desse filme e vermos como o estúdio da raposa irá reagir a ele, mas agora colocando um pouco da minha própria opinião, o que falta para eles é encontrar um Kevin Feige, ou Chritopher Nolan para reger os movimentos de seus filmes. Brian Singer poderia ser um bom nome.

NOTA: 2/5





sexta-feira, 7 de agosto de 2015

[Pega a Pipoca] Filme Eu Sou a Lenda

Salve, salve galera Pega a Pipoca diferente hoje, só para quebrar paradigmas, sair da rotina, então o Pega a Pipoca que normalmente é feito lá no ID, hoje será aqui nesse blog e lá no ID teremos uma discussão que na verdade deverá se arrastar para aquele grupo no facebook (se não participa, clique no link e venha trocar uma ideia conosco).
Bom, hoje eu vou falar de um filme que me emocionou muito, um tipo de história que esteve mais em alta, mas eu prefiro mesmo é sair do modismo, hoje vamos falar de zumbis, ou mais precisamente I am Legend. E para não perder o hábito, em português Eu Sou a Lenda.
Então meus caros, peguem seus companheiros mais próximos e vamos lá.
Na tentativa de criar uma vacina para o câncer, a humanidade acaba criando um terrível vírus incurável que dizima a partir de Nova York toda a população mundial. Robert Neville (Will Smith) é um cientista brilhante que, sem saber como, é imune ao vírus. Há 3 anos ele percorre a cidade enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Robert é sempre acompanhado por vítimas mutantes do vírus, que aguardam o momento certo para atacá-lo. Paralelamente ele realiza testes com seu próprio sangue, buscando encontrar um meio de reverter os efeitos do vírus.
Por onde começo? Talvez por um toque pessoal, eu adoro esse filme, mesmo. Eu tenho para mim que esse é um dos papeis mais icônicos e que mais exigem do ator Will Smith, além do físico, tem também toda a parcela emocional e isso é o que eu quero trabalhar com vocês agora. Na verdade, essa é uma adaptação do livro homônimo de 1954, sendo que o mesmo estúdio, a Warner detém os direitos dessa história desde 1970 e essa já é a terceira adaptação as telas, acaba que a junção de um produtor oscarizado, do diretor Francis Lawrence e de Will termina por realizar o que hollywood pode fazer de melhor, gigantescas cenas megalomaníacas como a da cidade de Nova York deserta, que de fato foi gravada dentro da cidade. O diretor não esconde que duas versões do final da produção foram gravadas sendo a primeira mais filosófica, subjetivo, porem acaba por ser removido em detrimento de um final "mais comercial", nas palavras do próprio diretor (e honestamente, o final comercial nos deixa até mais revoltados).
O filme em si é silencioso, passa quase dois terços apoiados apenas em um personagem e uma cachorra. O cineasta conta sua história com imagens e Will Smith responde a isso. O bom ator, perfeito no papel de Robert Neville, tem alguns monólogos e acompanha seu diretor nos pequenos momentos que dão toda a riqueza do filme. A gente até repara em alguns pontos, mais fracos, se podemos assim chamar, como os monstros fora dos padrões, quero dizer se você assiste os extras do filme, você percebe o quanto aquilo foi levado a sério em termos de realismo, houve pesquisas no NIV (instituto nacional de virologia em inglês). Lá é dito que essa doença seria uma mistura de várias outras, dentre elas a raiva, mas não explica como essa doença mudou as pessoas fisicamente, mas deixemos isso de lado, o filme é bom demais para se ater a esse detalhe. E essa pesquisa no instituto americano de virologia não é unica, nos extras vemos todo o preparo do ator e mais bacana ainda, o da cachorra, todo o cuidado que tiveram com ela, gente é uma coisa impressionante, tentarei disponibilizar se eu achar.
Smith está competente como nunca (atenção para a cena com o cachorro no laboratório e as discussões com Ana, vivida pela brasileira Alice Braga), o cineasta sabe direitinho o que faz e o roteiro tem um ritmo diferente do que normalmente se vê por aí. Quando ele declara com absoluta certeza, que pode consertar tudo, que pode fazer as coisas voltarem ao normal, você é capaz de sentir as emoções transbordando dele, o cara é muito zica.

Roteiro: Preciso dizer mais? Ritmado, com bons monólogos e que se desenvolve em boa parte com apenas um humano racional, o roteiro do filme, mais as passagens em uma Nova Iorque totalmente deserta incluindo a cena em um porta aviões, faz deste um filme que mesmo tendo que atender apelos comerciais, ainda seja uma obra que vale a pena ser vista.

Personagens:
Smith: É um baita ator, segura sozinho toda a dificuldade que seu personagem deve passar, está em ótimo preparo, físico e mental, dramático nas cenas necessárias, transmitindo para os expectadores seu desespero e esperança de que ainda pode consertar tudo sozinho. Por favor reparem bem na cena do cachorro, confesso que me emocionei em determinada cena mais com a dublagem brasileira do que com a voz original, mas enfim.
Braga: Isso mesmo, temos uma atriz brasileira aqui e olha, o papel e o comprometimento da atriz, digo isso depois de acompanhar algumas peculiaridades dos extras, são realmente impressionantes, o papel dela é desproporcional se compararmos ao do Will, mas o filme retrata a história de um homem solitário em uma cidade vazia, ainda assim ela consegue conduzir muito bem aquele papel de mediadora, entre Robert e Deus, mandando ele escutar o plano e sendo meio que sua voz da consciência, Alice é na falta de outra expressão, encantadora demais.
“Vou dizer o que acho do plano do seu Deus. Havia 6 bilhões de pessoas no mundo quando vírus se tornou letal, o vírus matou 90% das pessoas, são 5,4 bilhões de pessoas mortas e todas sangraram até morrer. Menos de 1% de imunidade e restaram 12 milhões de pessoas saudáveis como eu e você, todos os outros 588 milhões se transformaram em vampiras e elas ficaram com fome. E elas mataram e se alimentaram de todo mundo. Todas as pessoas que você, ou eu conhecemos morreram. MORRERAM! Deus não existe! Deus não existe." - Will Smith.

Obs: Há um final alternativo neste filme e eu pretendo falar sobre ele no ID assim que possível, claro que vamos discutir isso lá no grupo também.

Obs: Tentarei por no grupo o link para algumas animações do filme, para podermos conversar sobre elas.

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...