segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Veredito: Missão Impossível - Nação Secreta

Salve, salve galera… Provavelmente quem acompanha o grupo no Facebook deve estar se perguntando, cadê o post sobre Mad Max? Calma gente, é um texto elaborado, vai ser mais do que uma simples crítica e eu preciso de um tempo bem razoável pra fazer um troço bem feito. Enquanto vou montando aos poucos aquele texto lá, não deixo vocês sem conteúdo aqui no espaço, então o post de hoje vai ser mais um no estilo crítica/veredito dando sequência a nova coluna, lembrem-se de conferir a escala de classificação de filmes aqui, hoje eu trago um filme que já estreou há um mês mais ou menos, mas que ainda dá tempo de assistir no cinema, caso queiram. Com vocês Missão Impossível, Nação Secreta.
“Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo pessoas não muito confiáveis...”
Gente, o que falar desse filme, serio, acho que primeiro eu preciso começar falando que o Tom Cruise deve ser meio louco, para não falar coisa pior, quero dizer, as cenas de ação, praticamente todas, se não todas foram feitas por ele, incluindo a primeira do avião onde ele fica pendurado a 1,5 km de altura! Jackie Chan? Que bobagem...
Fazia um tempo que Tom andava meio que com a carreira “naquelas”, alguns episódios de extravagancia, seu divórcio motivado aparentemente pela religião e algumas bilheterias fracas, nada que realmente fosse um problema, mas simplesmente não era nada espetacular, isso acabou se refletindo em Missão Impossível 3, um dos filmes mais fracos da franquia tanto em bilheteria, quanto em qualidade.
Nós que tivemos a música tema do filme nos celulares mais antigos (quem lembra?) e gostamos da franquia, tivemos a sorte dele não ter desistido mesmo quando a Paramount resolveu abandonar os filmes. Aposto que deve ter dado um trabalhão convencer os estúdios, mas ele conseguiu voltar com Protocolo Fantasma, que diga-se de passagem é um bom filme que arrecadou seus quase 700 milhões e agora com Nação Secreta ele prova que voltou e que não é um ser humano.
Durante o filme vemos Hunt investigando uma agência de espionagem internacional que se auto proclama, o Sindicato. Ao mesmo tempo, sua agência, a IMF sofre pressões do governo dos Estados Unidos, que consideram que Hunt criou o Sindicato para acobertar seus próprios crimes. Contando com a ajuda de Benji (Simon Pegg) peça importante tanto na parte de alivio cômico, quanto como fator de ligação do público com o filme, representando a vontade dos espectadores de participarem da ação, Ethan descobre planos para capturar/assassinar importantes políticos da Europa, assim, sem o apoio de seu governo, tentará impedir o Sindicato de seguir com seus planos. Evidente que o agente secreto ainda contará com sua mais do que competente equipe, logo elenco conta ainda com as presenças de Jeremy Renner, Ving Rhames que é o único a estar presente em todos os filmes da franquia e em vários filmes do Tom Cruise, diga-se de passagem, ainda há a também as presenças de Alec Baldwin e Simon McBurney
Agora destaque mesmo é a bela Rebecca Ferguson, que interpreta Ilsa Faust, uma agente infiltrada no Sindicato que ajuda e ao mesmo tempo joga com Hunt, deixando a sensação de que ela não pode ser confiável. A atriz faz mais do que ser apenas uma “bondgirl”, ela tem uma participação importante na ação e motivações verdadeiras, tal qual Ethan e o espectador será envolvido pela personagem, que nos levará para lugares e momentos que os amantes de cinema poderão reconhecer como o passeio por Casablanca, com Tom Cruise e seu terno azul no deserto fazendo as poses mais cool.
O filme é dirigido por Christopher McQuarrie, do interessante Jack Reacher, o Ultimo Tiro, detalhe que ele também foi colaborador com o roteiro do filme, que é bem dirigido e pela terceira vez eu vou ressaltar, as cenas de ação do filme são uma coisa de louco, a cada filme Tom vai se superando, mas não resumamos o filme a apenas um bloco de cena de ação, afinal de contas se só isso valesse de alguma coisa, os filmes do Jason Statham arrecadariam bilhões, não MI tem algo a mais, por exemplo, o filme segue uma serie de reviravoltas, são plot twist  atrás de plot twist¹ sempre mudando as coisas e te deixando um pouco no escuro quanto ao que vem a seguir. Isso sem contar as viagens pelos mais diferentes cenários, Marrocos e Inglaterra são só alguns exemplos.
Na parte dos atores, o que vemos é uma maior participação de Simon Pegg na franquia, além de um Jeremy Renner que anteriormente serviria como substituto de Cruise, seguindo o caminho inverso, Ving basicamente é Ving, ainda que sua interpretação não acrescente horrores eu gosto do cara.
Mas o ponto aqui queridos é Rebecca, céus como essa mulher deitou, me desculpe Charlize e Bryce Dallas, mas o papel de atriz de ação do ano vai para a Sueca, nunca vi ninguém enfiar uma faca no peito de um homem, descer por uma corda e pedir para tirarem o salto com tanta classe, olha, a mulher é zica, isso porque dizem que os suíços são pequenos e neutros...
No mais vale ressaltar que a trilha sonora, ainda que muito bem feita e que case bem o cenário europeu e as cenas de ação, não se aproveita tanto assim do tema clássico do filme, mas novamente é uma trilha muito boa e que acompanha muito bem o ritmo do filme.
Pode até ter um ou outro clichê neste longa, mas nada que não deixe a trama até melhor de acompanhar. Sim gente, esse pode até não ser o filme genial em todos os sentidos, mas é muito bom e valeria um selinho Fincher pelas loucuras do Tom Cruise.

¹mudanças súbitas na trama e no roteiro.





Sim, é isso galera, Tom Cruise de volta a velha forma em mais um e com certeza o melhor filme Missão Impossível.


  • Vale sim um selo Fincher, não por ser genial, mas pelas cenas de ação totalmente loucas feitas pelo próprio ator. Não houve duble gente, pelo amor!!!

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Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...