quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Veredito: Cegonhas, a história que não te contaram

Salve, salve galera! Nesses últimos meses houveram várias estreias no cinema e como eu estou numa pegada de postagens mais regulares eu estou aqui de volta para mais uma coluna Veredito e dessa vez trazendo para vocês o filme de animação Storks ou em português, Cegonhas, a história que não te contaram. (Qual o problema com esses títulos?)
“Cegonhas entregam bebês... ou pelo menos costumavam. Agora elas entregam encomendas para a gigante global da internet Cornerstore.com. Júnior, um dos principais entregadores da companhia, está prestes a ser promovido quando acidentalmente ativa a máquina que faz bebês, produzindo uma adorável e totalmente não autorizada bebê. Desesperado para entregar esse presentinho antes que o chefe descubra, Junior e sua amiga Tulipa, o único humano na Montanha das Cegonhas, correm para fazer sua primeira entrega de bebês em uma viagem selvagem e reveladora. Isso poderá fazer mais do que apenas iniciar uma família, mas também restaurar a verdadeira missão das cegonhas no mundo. ”
A Warner não é um estúdio famoso pelas suas animações. Não mesmo! E assim que eu coloquei os olhos nesse filme eu pensei: “Os diretores deveriam ser presos só de cogitarem fazer uma animação. ” E desde sua estreia eu queria muito ver esse filme, tal qual uma pessoa que vê um acidente, mas não consegue tirar os olhos, eu estava certo do desastre, mas queria estar lá no cinema para testemunhar. E que gozado, esse já é o segundo filme de animação não pertencente ao universo DC que é bom.
O filme já começa firme com seus protagonistas e consegue esclarecer pontos abertos em sua trama de maneira rápida e eficaz, como toda boa animação deve fazer, nada de didática exagerada para quem ainda come meleca de nariz, mas o melhor de cegonhas está no fato de conseguir acertar o tom para todos os públicos, sim isso mesmo que você leu. TODOS os públicos. Chocados? Imagine eu. Cegonhas possui um humor refinado, quase como o meu, é discreto, você ri sem nem ao menos perceber que está rindo e tudo acontece por meio de referencias, isso para mim que sou mais ou menos adulto, para as crianças o humor fica por conta das situações absurdas como todas que envolvem os lobos, por exemplo. Ao passo que Tulipa, a órfã desastrada e Junior (surpreendente que todas as cegonhas com nome tenham um estereotipo empresarial, como chefe que se chama Rocha, se tivesse alguém chamado Almeida ia ser perfeito) formam um casal improvável na tentativa de entregar o bebê gerado por acidente. Isso inclui uma fala que poderia até virar textão do facebook, quando a cegonha diz: “Você fez, você cuida. ” E na real, foi literalmente ela quem fez o bebe, com uma máquina e tudo mais.
A família que espera a criança também tem muita relação com nossa realidade, os pais trabalham em casa e tem pouco tempo para seu único filho, que para fugir dos típicos clichês, sabe usar colocações que pegam os pais de calças curtas de maneira que me soou quase como um Calvin e Haroldo tamanha a perspicácia do Nando...
Na parte estética, o visual é impressionante, as cenas em plano aberto dos voos das cegonhas, até o movimento de cada personagem quando a câmera dá um enfoque neles, tudo é muito bem feito, não devendo nada nem para o estúdio do Rato, nem para o do Pescador, tão pouco para o do Esquilo com dentes de Sabre.

Como o final é típico de toda animação, bem sentimental, o que mais vai diferenciar essa das demais é sua conexão com elementos modernos, seu senso de humor refinado e seus personagens caricatos do nosso cotidiano. Uma pena que a falta de tradição talvez não faça esse filme ter o reconhecimento que merece, mas quem sabe pode ser o abre alas para mais animações do grupo dos irmãos.


  • Selo Coppola: Com um senso de humor refinado e temas modernos, Cegonhas consegue ser uma surpresa muito agradável. 4/5


Veredito: O Orfanato das Crianças Peculiares

Salve, salve galera! LP trazendo até vocês mais um filme, dessa vez nós vamos falar de Tim Burton e seu mais recente lançamento Miss Peregrine's Home for Peculiar Children ou em português, O Lar das Crianças Peculiares (Não tinham um título maior não? Quem sabe Animais Fantásticos e onde habitam?)
“Quando seu querido avô falece deixando pistas sobre um lugar mágico, Jacob viaja para uma ilha galesa e encontra um orfanato abandonado. Lá, o mistério e o perigo se aprofundam quando ele começa a conhecer o local e os seus moradores: crianças com poderes especiais conhecidas como peculiares e a Senhorita Peregrine, uma peculiar que comanda o orfanato e cuida dos jovens. Jacob também conhece os inimigos poderosos de seus novos amigos, e, em última análise, descobre que apenas a sua própria peculiaridade especial pode salvá-los. ”
X-Men doidão, não há maneira melhor de definir esse filme, serio. Ainda que durante as duas horas de duração do longa eles se recusem a utilizar o termo superpoderes. Eu confesso que a primeira vez que fui ver eu já pensei: “Ótimo, mais uma criação esquisita do Tim Burton. ” A verdade é que eu não sou fã do diretor, pelo simples fato de achar que ele se repete muito, inclusive nos atores, a minha sorte é que estou aprendendo, e recomendo que os colegas que forem falar de filmes aprendam também, a deixar os preconceitos de lado. Graças aos meus amigos eu fui assistir esse filme no 4D e na segunda vez, qual foi minha surpresa com a obra? Ele é uma adaptação de um livro, que ao que me parece foi escrito para ser dirigida por Tim Burton, mas segundo minhas amigas que leem bastante ele ignora certos acontecimentos que ocorrem em sua versão de papel, por isso, agora que vamos entrar no roteiro eu vou ignorar o fato de ela ser uma obra adaptada.
Eu não acho o Burton um diretor muito bom, ele tem sim seus méritos e ótimos trabalhos, mas eu acho ele um tanto quanto repetitivo, seja com os atores ou com a estética, mesmo com o argumento dos filmes que ele está envolto e pasmem, a primeira vez que eu fui conferir eu tive essa mesma visão. Nem mesmo eu estou imune a preconceitos, porém na segunda vez eu fui com a cabeça disposta a ver um filme que tinha sido escrito para o Tim Burton e não escrito por ele e me surpreendi muito positivamente.
O filme começa bem clichê, com uma formula bastante repetida de um garoto deslocado que se encontra mais à vontade no meio de desajustados com poderes (aqui cabe a enorme semelhança aos X-Men, incluindo uma versão feminina no professor X) existe também um elemento que estimula o personagem a adentrar nesse mundo novo, no caso o avô nada que seja inédito. Achei interessante a forma equilibrada que cada personagem dispõe na tela, de forma que nenhum, a não ser o casal de protagonistas, possui tempo a mais e ainda assim cada uma das crianças é descrita e trabalhada, mas não explorada em seu verdadeiro potencial, um verdadeiro feijão com arroz, é gostoso? Sim. Vai surpreender seu paladar? Nem um pouco.
Não sou muito de me atentar a estética do filme, mas não há como não ver uma veia saltada do diretor na tela, desde a chegada a cidadezinha onde a trama vai se desenrolar, a passar por algumas cenas bizarras envolvendo vilão Samuel L. Jackson que está caricato e divertido no papel, provando que se você quiser impulsionar qualquer produção, basta colocar o cara. Ao passo que tanto Emma, quanto Asa estão muito bem na proposta que o filme tenta passar, mas repito, eu não li o livro, estou julgando como uma produção independente e não como uma adaptação, logo fãs puristas, não me peguem pra Cristo. Há momentos de risadas e mesmo uma espécie de batalha de Nova York que vai entreter facilmente a criançada e vai além, com momentos de tamanha bizarrice, com um garoto Necromante (não sabe o que é isso? Seu poser de nerd) que vai agradar mesmo os ferrenhos que adoram o diretor.

Vale ressaltar também como a Eva Green está interessante em seu papel de severa, porem ponderada cuidadora das crianças. É engraçado o quanto esse filme é bem equilibrado, ele é bom, mas não chega a ser fantástico, talvez no máximo... peculiar. 




  • Selo Cameron 3/5: Não tenho o que comentar, minha melhor piada já está lá em cima...





segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Comentando Trailers: Beleza Oculta

Salve, salve galera. LP de volta com uma coluna que deveria ter voltado há muito tempo, mas que por uma mistura de preguiça, com uma visão de não necessidade, acabou por fica abandonada. E talvez ficasse assim, até que pus meus olhos em um trailer que me emocionou e como não podia ser diferente, o filme pertence a Warner Bros.
Hoje meus amigos e amigas vamos falar de Beleza Oculta, filme marcado para Janeiro de 2017, onde talvez tente pegar alguma categoria do Óscar. Vai trazer na direção David Frankel, homem por traz de o Diabo Veste Prada, além de é claro, um elenco estelar, recheado de atores indicados e ganhadores de óscares.
Eu não sei muito sobre a trama desse filme, mas já assisti ao trailer tipo, um gazilhão de vezes e ao que dá a entender a trama vai seguir Howard (Smith) um publicitário que perde a filha e talvez não encontre mais motivos para viver. Howard deve escrever cartas ao universo e com isso vai receber a resposta de três entidades: Morte, (Helen Mirren) Tempo (Jacob Latimore) e Amor (Keira Knightley). Mas o que me deixa mais empolgado com esse filme é que ele promete seguir mais ou menos a mesma linha de atuações por parte do Will de seus melhores filmes, Sete Vidas e A Procura da Felicidade, principalmente na cena que abre o primeiro diálogo entre ele e o amor.
Mas vou começar do princípio, nos primeiros vinte segundos do trailer, temos uma trilha que nos joga em um ambiente de suspense desconhecido, enquanto o narrador vai explicando o que nos mantém conectados, ao passo em que vai apresentando também os outros atores do elenco. Ao fim desse tempo entra Howard com sua filha em um momento feliz, para logo depois ele acordar de um sonho. O que temos depois, não sei dizer ao certo se é um grupo de terapia ou se são apenas os amigos dele contando o que aconteceu ao protagonista, talvez seja uma espécie de intervenção...

Por fim, eles trazem a proposta do filme, as cartas que ele escreve ao universo, é nessa cena que Michael Peña aparece, o que me surpreendeu um bocado. Logo na sequência do corte um misteriosa mulheres aparece e se senta ao lado de Howard, depois de conversarem ela se apresenta como Morte, nesse momento temos um leve toque de comédia, a única que pontua todo esse trailer dramático, então Morte revela que ele vai receber respostas as suas cartas. Logo após um homem se apresenta como tempo e de maneira agressiva diz que é uma dadiva e que está sendo desperdiçado. A última a aparecer é Keira apresentando-se como Amor, impossível de se viver sem e é precisamente aos 1:24 que eu vi o esse filme pode vir a ser, com os olhos marejados seguido a uma cena que mistura tristeza com raiva Will Smith, vai entregar um ótima atuação, tenho certeza. E a interação entre ele e a personagem Amor deverá ser a mais explorada de todo o filme e o trailer mesmo nos dá pistas disso em cenas em que os dois caminham juntos ou quando ela tenta convencê-lo a aceitar o amor de volta.

Por fim o que nos é apresentado no vídeo é o elenco estelar, com ganhadores e indicados ao óscar, além de atores que alçaram-se ao sucesso mais recentemente.

Creio que a maior conclusão que se pode tirar desse futuro filme é que há um inegável potencial para ser fantástico. Agora é esperar para ver.

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...