sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Veredito: 007 Contra SPECTRE

Salve, salve galera! Manda LP mais uma vez depois de conseguir algum tempinho nos meus afazeres. E nesse tempo conseguido, resolvi me dedicar a falar de duas coisas: a primeira, que é retratada no post de hoje é mais um filme da coluna Veredito. A segunda, que se tudo correr como planejado virá semana que vem, será um textinho de boa sobre filmes no geral.
Mas sem mais demora, vamos logo para o Veredito de 007 Contra Spectre:
"James Bond (Daniel Craig) vai à Cidade do México com a tarefa de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que Bond seja suspenso temporariamente de suas atividades e que Q (Ben Whishaw) instale em seu sangue um localizador, que permite que o governo britânico saiba sempre em que parte do planeta ele está. Apesar disto, Bond conta com a ajuda de seus colegas na organização para que possa prosseguir em sua investigação pessoal sobre a misteriosa organização chamada Spectre."
Vou ser bem honesto com vocês, para mim é muito difícil escrever sobre um James Bond, talvez pelo fato de não me importar tanto com a franquia quanto deveria. Sim, reconheço que é um clássico, reconheço os pontos, nuances e sutilezas que o personagem traz consigo ao longo dos 24 filmes que tem a franquia, mas James não é, nem de longe, meu personagem espião preferido. (Eu assisti a pelo menos 18 dos 24 já lançados)
O agente double “o” seven é uma figura bem conhecida ao longo de todos os seus filmes, não à toa o personagem permite que atores entrem e saiam do papel, uma vez que James Bond tornou-se muito maior do que qualquer ator. Então para começar, concordo com uma opinião que li em um dos grandes sites, o filme tem um tom de como se quisesse finalizar a franquia. Isso Fez com que eu me perguntasse. Qual a necessidade disso? Uma vez que o personagem é maior do que o ator, fazer algo desse tipo reduz esse intuito. Posso afirmar sem sombra de duvidas que as histórias eram mais interessantes quando eram arcos fechados, únicos, com começo, meio e fim em um só filme.
O que complica ainda mais, é que é de um jeito bem truncado que o diretor Sam Mendes se presta a fazer o processo de amarração da franquia Craig: primeiro exemplo, ele faz um movimento meio que sem nexo para despertar um trauma do agente, mas que parece ser feito tão na má vontade que o pensamento que fica é de que era melhor nem ter colocado. No segundo exemplo vê-se que vem dos primeiros filmes o vilão, interpretado de jeito contido por Christoph Waltz, mas há só um punhado de reminiscências, organizadas como plot twist, não basta para recuperar a dimensão trágica do personagem, apresentada em Cassino Royale. No filme eles abrem uma questão e de repente deixam de lado, algo que diga-se de passagem deveria ser muito importante. Estou tentando ao máximo tocar em pontos que podem dar spoiler, ta difícil pacas.
Falando um pouco sobre atores agora, Daniel Craig está em ótima forma fazendo suas cenas de ação, quero dizer, ele corre e corre e em momento algum demonstra sequer estar ofegante, de forma que demonstra uma frieza mesmo diante das situações mais adversas. O problema é que nunca antes ele pareceu tão cansado, seja de representar o papel, seja do que for, dava para ler isso nos olhos do ator, por traz de qualquer expressão que ele fizesse.
Léa Seydoux entra no papel de bond girl e até que está bem, inclusive com momentos em que mostra alguma sedução e outros onde exibe algum tipo de força, ela está bem, para algo de padrão mediano. Quero dizer, ela não é nenhuma Rebecca Ferguson, em nenhum sentido, mas faz bem seu papel. É bem provável que eu é que tenha me acostumado mal neste caso em particular, com uma protagonista em filme de espionagem que faz de tudo um pouco, literalmente (é a bela, a agente, a motociclista, a lutadora, engana o protagonista) e agora qualquer coisa abaixo disso me pareça sem sal...
Dave Bautista, aparece inicialmente como um vilão clássico da série de filmes, porém rapidamente torna-se pouco aproveitado, isso porque os vilões do 007 costumam a ter um tom meio irreal, quem aí não se lembra do Jaws e seus dentes de aço no Rio de Janeiro? Bautista aparece no começo do filme munido com um acessório interessante: pontas de aço nos dedos. Infelizmente seus dedos com pontas metálicas são usados apenas uma vez, e então, no confronto direto com Bond eles nem aparecem mais em suas mãos.
Mas não serei apenas negativista, o filme tem coisas muito legais, eu estava assistindo na segunda vez com um amigo meu, e ele virou pra mim e disse:
“É o Vaticano! Como eles conseguiram filmar no Vaticano?”
Além de toda a primeira cena, desde a parte do helicóptero no México até cada detalhe do dia dos mortos que impressionam a gente um bocado. Uma coisa é certa, os cenários são incrivelmente bem trabalhados principalmente na cena de abertura, onde trilha sonora, cenário e sequencia de ação trabalham muito bem juntas.
É um filme ruim? De forma alguma, é só que sendo James Bond é esperado algo pelo menos um pouco acima da média, o que não ocorre, muito devido a má vontade de roteirista e diretor.
Por mais que eu não quisesse, infelizmente eu terei de fazer uma comparação com um outro filme desse ano que na minha opinião foi muito melhor. Acho até que vocês sabem qual...

Não, nem vou citar as cenas sem duble, vou citar apenas um personagem, Ilsa. Algum tempo depois de MI5, bem depois que digeri o filme, eu percebi algo muito impressionante. A personagem meio que trouxe uma nova forma de as atrizes agirem em filmes protagonizados por homens, onde não necessariamente elas roubam a cena, roubam o brilho e sim trabalham em conjunto com os mesmos a fim de tornar a franquia melhor. E desculpem-me, mas façam mais filmes com personagens como a Ilsa, sim? Onde tanto ela quanto Ethan brilham de maneira muito igualitária.




Selo Cameron: É um filme mediano, não acrescenta muito, nem traz nada que impressiona de fato, seja a trilha do Sam Smith, ou os efeitos, ou mesmo os carros.








domingo, 1 de novembro de 2015

Vá ao cinema!

Salve, salve galera. O post de hoje, diferentemente de como vocês já se acostumaram, não traz nenhuma informação, nada de novo nem ao menos uma opinião sobre algo que esteja acontecendo no atual e, diga-se de passagem, badalado mundo do cinema.
Me vejam hoje apenas como um amigo, ainda que muitos de vocês não me vejam assim, talvez por não me conhecerem, talvez por nunca terem me visto, ou sequer ouvido o som da minha voz, mesmo assim eu me considero um amigo para qualquer um a quem dedico e que dedicam um tempo para trocar experiências. E o texto de hoje vale como uma troca de experiencia, talvez até mais do que isso, uma vez que como o título de cima sugere, lhes farei um apelo.
Não, não se trata de apenas ir ao cinema, mas de dispor um pouco de tempo para as coisas simples da vida e mais, para que tomemos um rumo contrario do que já estamos acostumados e ao invés de tornarmos tudo mais difícil, de repente descomplicarmos ainda mais nosso ambiente. Afinal de contas, já faz um tempo eu vejo que o cinema, principalmente, tornou-se uma forma muito mais estressante de se ganhar a vida, do que aquela diversão ao qual se propunha a alguns anos atrás. Não através dos executivos, claro, para esses talvez a visão lucrativa nunca mude, eu quero dizer através do público em geral que como eu disse em uma crítica anterior: "Tornam-se analistas tão ferrenhos que esquecem de apreciar os bons momentos que estes espetáculos nos proporcionam. "
Esse texto é sobre viver, os detalhes, os momentos, ver um filme, uma peça, um show, apenas pelo prazer de ver, apenas pela pessoa que nos acompanha, vamos estreitar esses laços humanos que estão tão frouxos e que criam um vazio dentro de nós, vazio que não pode ser preenchido com objetos, com desejos provincianos, com mais nada que não seja a simples presença de outro ser humano.
Vamos rir, vamos jogar conversa fora, olhar nos olhos uns dos outros e dizer como realmente nos sentimos a respeito de tudo aquilo que corre em nossas mentes, vamos parar de nos flexibilizar a ponto de agradar o eterno e desconhecido "cliente" e nos apegar a valores próprios, pois quando deixamos de fazer isso, um pouco de nossa identidade morre também.
A vida passa tão rápido, os momentos são tão fugazes, só uma questão de minutos e o espetáculo já acabou, não vale a pena nos apegarmos ao que nos põem para baixo, ao que não nos ajuda a crescer como indivíduos e ao que vai prejudicar não só nós mesmo, mas aqueles ao nosso redor.
Posso dizer que ajudei uma amiga em uma campanha de intuito nobre, mas talvez não pela razão certa, julguem-me pelas palavras que direi aqui, mas não tenho medo de escreve-las, fiz o que fiz, não por outra razão se não para "experienciar" mais um contato com outro ser humano. É assim que eu vivo agora, buscando novas experiências, fazer as coisas apenas por fazer, sem que um conceito ou um padrão me impeça de agir da maneira como eu me sinta melhor, afinal de contas se enquanto você estiver aqui no planeta terá de conviver consigo mesmo e com suas escolhas, porque não abraça-las certo de que por mais que se erre, elas foram feitas e você irá encarar todos os resultados disso.
Por mais que não exista formula perfeita para a felicidade, por mais que se passe uma vida inteira buscando conhecer a si mesmo, ainda que tenha todas as dúvidas e incertezas, a vida vale a pena ser vivida e aproveitar melhor os momentos pode acabar sendo a chave, ou melhor, a linha que separa você da loucura do resto do mundo.

Um homem sábio certa vez disse: "Você está diante de um mundo extraordinariamente competente em te entristecer, mas que aqui e ali, também é capaz de te proporcionar grandes alegrias, momentos que você gostaria que nunca mais acabassem. "

"Viva desejando que cada instante dure um pouquinho mais. E torça para que a vida não acabe nunca. " – Clóvis de Barros Filho. 

PS: Sim, hoje estou meio filósofo.

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...