terça-feira, 15 de agosto de 2017

Veredito: Valerian, e a Cidade dos Mil Planetas

Salve, salve galera! Sim, seu amado e querido Superman retornou dos mortos...
Na verdade, minha ausência pode ser explicada pela soma de dois fatores distintos, primeiro: julho já é um mês em que Hollywood costuma a ficar mais parada no lançamento de filmes, pelo menos nos grandes sucessos que costumam aterrissar em terras tupiniquins. Segundo é que eu tava com uma preguiça do caralho pra voltar a escrever.
Agosto já está entre nós faz um tempinho e a verdade é que houveram pelos menos dois lançamentos que eram sim dignos da minha atenção, Baby Driver e o ultimo Planeta dos Macacos, porém, somente agora dia 10, é que estreou algo que verdadeiramente me chamou atenção.
A realidade é que mais do que chamar atenção, esse filme falou comigo e normalmente quando fazem isso eu dou ouvidos. Então é isso ai galera, estou de volta e trazendo até vocês Valerian The City of a Thousand Planets ou em português, Valerian, e a Cidade dos Mil Planetas.
“Século XXVIII. Valérian (Dane DeHaan) é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline (Cara Delevingne), por quem é apaixonado, em defesa da Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergalácticos. Quando chegam no planeta Alpha, eles precisarão acabar com uma operação comandada por grandes forças que deseja destruir os sonhos e as vidas dos dezessete milhões de habitantes do planeta. ”
Mano, aqui pra nós. É sempre foda ter que ver esse tipo de filme nas telas. Ele sofre exatamente do mesmo problema de Ghost in the Shell e vários outros trabalhos, onde a gente vê que a história de origem é super importante, mas agora até parece estar copiando o material que influenciou.
Ah, não sabe de onde vem esse filme? Busque na internet...
O mais importante aqui pra começar é saber que o filme conta com a direção de Luc Benson, sim, aquele cara do 5º elemento, que é um filme adorado por todo mundo que assiste e que surpresa, bebe dessa mesmíssima fonte. É foda, porque logo de cara a abertura do filme, além de mostrar bem o que o diretor quer passar, ela é bem-feita demais, autoexplicativa, tem David Bowie e define a direção em que nós evoluímos.
Sim, o filme tem conceitos que a gente já viu em vários lugares, mas como material de origem de tantas coisas ele vai além, muito além e traz possibilidades incríveis, infelizmente ele comete um erro fatal, a história possui tanto excesso de detalhes e informações que acabam tirando muito o peso do que está acontecendo e passando uma sensação de "encheção" de linguiça, o que é estranho porque o filme também passa a sensação de ter muita coisa interessante para se abordar.
E, sim, a história é simples, ainda assim não chega a ser ruim, só que não é bom também. Vejam, um dos defeitos que já dá para apontar logo de cara é o péssimo desenvolvimento dos dois protagonistas. Eu tive o feeling de que o diretor correu com tudo, porque não tinha certeza de que esse filme arrecadaria grana para virar uma franquia, então ao invés de tentar fazer uma relação que abre e fecha nela mesma, mas que tem espaço para se desenvolver no futuro, não, ele mata tudo em um único tiro.
Não concordo com a crítica que vê esse filme como enfadonho, depois de um ponto devido a esses mesmos excessos, uma vez que para mim esses excessos são bem pontuais, ocorrendo apenas em dados momentos em que você poderia dizer que dava para passar sem aquilo. Para este que vos fala, o maior problema mesmo está na trama fit que se desenrola sem muitas expectativas.
Do lado das atuações, não dá para elogiar, mas também não tem como reclamar, uma vez que ela se limita a uma passagem nem fede nem cheira, sabem? Dane DeHaan que faz nossos heróis tipicamente cafajeste, habilidoso e com uma posição superior a Cara não impressiona, assim como a própria ex-modelo que também parece bem mal temperada. Ao passo que Rihanna não pode de forma alguma ser chamada de atriz.
Contudo, se há algo nesse filme que faz com que tiremos o chapéu, sem dúvida nenhuma são os efeitos, é a parte técnica. A cena de abertura do planeta, a construção das raças, da cidade dos mil planetas impressionam de uma forma que eu posso afirmar sem medo. Este é um dos trabalhos mais sublimes que eu já tive o prazer de pôr os olhos. A quantidade de objetos expostos, as cores, de fato ele faz com que valha a pena você gastar seu suado dinheirinho assistindo em 3D, 4D, IMAX ou o que for.
Eu confesso que fiquei sem palavras, tanto na cena do planeta costeiro, com suas maravilhosas praias de cores deslumbrantes. Quanto a cena de perseguição na cidade em outra dimensão, onde somos agraciados com um dos conceitos mais geniais e transportado de maneira magistral para as telas.
Minha avaliação final é que falta um senso de ameaça e urgência que o trailer conseguiu dar mais do que o filme em si, porém de alguma maneira bizarra, a estética e os conceitos potenciais do filme até conseguem compensar.
Sim, eu sei que você é um preguiçoso e não foi procurar nada sobre essa obra, então aqui vão algumas informações:
“É baseado na clássica saga de histórias em quadrinhos ‘Valerian et Laureline’, escrita por Jean-Claude Mézières e Pierre Christin. ”
“Valerian completa em 2017 seus 50 anos de existência. Sim, mais antigo que Star Wars! ”

  • Valerian é tipo aquele(a) namorado(a) psicótico(a), que tem algum tipo de atrativo que te impede de terminar com ele(a). Sexo gostoso, altamente inteligente... Você até consegue manter por um tempo graças a compensação, mas rapidinho desanda. Selo Cameron (3/5)


LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...