quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Beat of the Heart

Salve, salve galera! Manda LP mais uma vez trazendo outra coluna inédita só para vocês, se essas colunas vão durar ou não, só o tempo vai dizer, mas enquanto elas saem acho melhor vocês aproveitarem.
No post de hoje pessoal, eu vou me dedicar a falar de um dos elementos que mais mexem conosco nos filmes, mas não, não estou falando de figurino, nem de fotografia, nem de paleta de cores, hoje eu vou falar de um elemento discreto e ao mesmo tempo que salta em cima de nós, algo que nos transporta por um mar de emoções e sensações enquanto seguimos a jornada que se desenrola bem diante dos nossos olhos. Hoje minhas amigas e meus amigos, vou falar da trilha sonora.
Porém como tudo aqui no QS eu vou evitar entrar em termos muito complicados, vou fugir daquela parte mais técnica e ficar mais com a sensação que a trilha nos traz. A trilha de hoje faz parte de um Pega a Pipoca postado no blog da Pâm, o filme, que é meu segundo preferido de todos os tempos se chama What If e é protagonizado pelo Harry Potter e pela Zoe Kazan.

Existem duas músicas que eu irei destacar nesse filme, duas que eu acho que nos colocam em total imersão quanto a proposta que está sendo transmitida na tela e digo mais, são de tal forma tão boas que mesmo depois que o filme acaba, ao ouvi-las, ainda somos transportados pelo mesmo mar de emoções.
Então, vamos lá?
(Ballad of Wallace and Chantry) Não posso dizer com absoluta certeza que reconheço o instrumento que inicia essa música em particular, até porque não possuo o conhecimento técnico, mas o que eu sinto quando escuto essa canção são notas aparentemente rápidas que parecem até hipnóticas. Produzidas de maneira uniforme durante toda a sequência da música até seus acordes finais. Essa falta de “expectativa” quanto a um crescendo é o que dá a calma e a tranquilidade do tom. Possuindo um total de 2:28 minutos, essa é sem dúvidas o tipo de música que ao se escutar a gente tem vontade de abraçar a primeira coisa em nossa frente e olha que eu sou um cara tipo 0 sentimental...

(Beach Bummer) De alguma forma que ainda não consigo entender, essa música em particular mexe comigo, aquece meu coração com um certo grau de positividade que eu não sei de onde vem, sua entrada com violão acalma bastante e seu decorrer associada com determinada passagem romântica do filme cria uma expectativa para que a história de amor dos protagonistas de certo. A música parece ter uma capacidade de nos jogar dentro de uma bolha, um mundo particular onde temos certeza que nada pode dar errado. A vocalização inicia entre 0:16 e 0:17, mas ela não possui qualquer letra, tudo o que tem pode ser descrito apenas como um murmúrio? Que serve para aumentar a calma em torno dos acontecimentos que permeiam a história. Com um total de 2:07 minutos ela é bem curta como boa parte das músicas de filmes, não dando tempo de se perder entre os acordes em mantendo seu foco principal.

Bom galera, vou me despedindo de vocês e espero que possam aproveitar a trilha que compõe este filme, que pode até ser bem fraco, mas possui músicas verdadeiramente encantadoras. E a coluna volta depois do próximo Pega a Pipoca.


Evidentemente que o papai não iria deixar vocês sem as musicas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Veredito: A Lenda de Tarzan


Salve, salve galera, olha o LP fazendo o inacreditável, mais um texto e rápido até! Bom hoje eu trago pra vocês o retorno da coluna veredito. Hoje vamos avaliar um filme que estreou agora no final de julho, do estúdio Warner Bos. A Lenda de Tarzan, no original The Legendo f Tarzan.
“Já se passaram muitos anos desde que o homem conhecido como Tarzan deixou as selvas de África para viver em Londres como John Clayton III, Lorde Greystoke, junto de sua esposa, Jane Porter. Agora, foi convidado para regressar ao Congo para servir como emissário do Parlamento, sem perceber que é apenas um peão numa convergência letal de ganância e vingança, engendrada pelo corrupto Capitão Rom. ”
Eu soube que dois anos atrás havia saído uma versão do Tarzan e achei até estranho pelo fato de não ter ideia desse filme, daí eu soube que foi um fracasso tão retumbante que saiu em um circuito baixíssimo de cinema, então realmente não havia como eu saber dele... Realidade é que mesmo que não fosse uma boa ideia trazer esse filme em um espaço tão curto de tempo há neste em especial alguns elementos que funcionam bem paca! Dentre eles nós podemos citar: a atuação do elenco, a história que trata de temas bastante atuais e mesmo os efeitos especiais em determinados momentos, mas vamos com calma.
O maior problema do filme é o roteiro, infelizmente é bem mal amarrado, há justificativas que são bem confusas e deixam o público insatisfeito com o argumento, fica muito difícil dizer quais cenas são sem entregar spoilers, mas onde posso dizer outro pecado talvez está na falta de simpatia que as pessoas podem eventualmente sentir pelo fato de neste filme não acompanharem a ascensão do herói, mas na visão de que vos escreve esse texto eu não creio que esse seja um problema.

No quesito atuação não há do que reclamar, tanto Skarsgard quanto Robbie nos papeis de protagonistas quanto o vilão de Christopher Waltz e mesmo Samuel Jackson que eu nem sabia que estava nesse filme, desempenham com maestria seus papeis, dando o toque de humor, a força e vilania que lhes são exigidos, mas há um problema quanto a decisão de quem seria o vilão do filme o chefe Mbonga (Djimon Hounsou) ou o do típico inglês religioso. Há nesse quesito uma indecisão por parte do longa em decidir quem é o vilão de verdade na história.
Na parte dos efeitos temos outro problema, os efeitos parados são muito bons, na cena em que ele se encontra com as leoas que é muito bem feita e passa um realismo muito crível, porem como vocês já devem ter percebido existe aqui também outro problema uma vez que quando a cena passa para algo mais movimentado os efeitos tonam-se mais artificiais que não honram o gordo orçamento de US$ 180.000.000,00.


Em resumo galera, neste filme não há infelizmente um ponto positivo que não possa ser rebatido com um defeito obvio, então infelizmente ele acaba por se tornar um filme bem mediano.




  • Selo Cameron de obra mediana: Nãoé um filme ruim, entendam, porém é uma obra que para cada ponto positivo, há pelo menos um negativo correspondente, então sou obrigado a dar 3/5

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Match dos Filmes

Salve, salve galera, olha o LP chegando aqui com uma nova coluna. A realidade é que sou preguiçoso, muito mesmo, mas funciono bem sobre alguma pressão e graças as minhas amigas a pressão veio e por meio desta surgiu esse post, vamos ver se a qualidade se mantêm!
Bom o intuito do tema (dado aleatoriamente a mim pela Pâm do ID) é Síndrome de Estocolmo e para falar dessa peculiar “doença” psicopatológica eu escolhi dois filmes bem distintos o primeiro é Um Ato de Coragem (John Q) estrelado pelo Denzel Washington, o segundo 3096 dias de cativeiro é baseado no livro escrito pela própria vítima, então vamos lá?
A síndrome de Estocolmo é o estado psicológico desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro. Surge a partir de tentativas da vítima de se identificar com o seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.
“John Quincy Archibald é um pai e marido cujo filho é diagnosticado com um cardiomegalia e descobre que não pode receber um transplante pois o seu seguro de saúde (do tipo HMO) não cobre a condição. Archibald decide então tomar um a um os pacientes de um hospital como reféns até que o hospital coloque o nome de seu filho na lista dos recipientes de órgãos.”

“O filme é baseado na história real de Natascha Kampusch, que foi raptada e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. Capturada em uma rua de Viena aos dez anos, o longa narra sua vida ainda em liberdade, passando pelo período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga e readaptação a vida em sociedade. ”
Para começar uma visão superficial de cada filme, uma vez que o intuito não é fazer uma crítica. Em um ato de coragem o principal plot da história está na luta do pai que sequestra um hospital a fim de salvar a vida do filho e de quem sabe com isso mudar as leis de saúde do pais. Uma história bonita, emocionante da luta de um pai para salvar o próprio filho, mas que quando comparada a realidade na qual vivemos acaba sendo uma tremenda besteira irreal e inocente, mas cá entre nós eu particularmente se quisesse algo real veria um documentário...
Já do lado do 3096 temos a história real da Natascha, sequestrada aos dez anos e que foge quando completa 18. Como trata justamente do tema sequestro que é o meio como a síndrome costuma a surgir, não falarei tanto dele.
Evidente que tive que me aprofundar no famoso caso de Natascha além de assistir ao filme, em John Q a parte da síndrome é bem simples e fácil de entender uma vez que as vítimas de sequestro simpatizam com o pobre pai de família, torcendo para que desce certo e ajudando de certa forma, principalmente quando ele se oferece para dar o próprio coração ao filho e ao fim de toda a saga do inocente pai os médicos e pacientes que lá estavam até testemunha a favor do personagem do Denzel. Por outro lado, no 3096 o que eu pude perceber e aqui vou além do filme, mais do que a síndrome eu pude perceber uma certa inanição por parte da garota em algumas passagens de sua vida, que julgo ter sido causada talvez por problemas psicológicos. O filme não apresenta uma simpatia entre agressor e agredido, mostra mais uma relação de superioridade, com predomínio do medo.

Acho interessante ressaltar como a atuação nas duas passagens é boa, mas como o foco central em cada uma é diferente, na realidade eu acho que Síndrome de Estocolmo em seus termos propriamente ditos só existe em John Q, o que 3096 dias me passou na realidade foi zero simpatia por parte de Natascha para com seu sequestrador, apenas uma necessidade de convívio e uma enorme força psicológica para resistir aos anos de cativeiro.

sábado, 6 de agosto de 2016

LJB: Batman vs. Superman vs. Capitão América vs. Homem de Ferro

E a Liga da Justiça se reúne novamente, dessa vez na maior batalha do ano. De tão difícil que é esta batalha minhas companheiras chegaram a recear, temendo uma iminente derrota. Não posso culpa-las, ainda são fracas precisam confiar mais em mim, que eu posso protege-las, que com minha liderança nós venceremos.
Agora deixando a costumeira introdução de HQ que eu sempre faço nesses posts especiais, vamos ao que realmente importa, pois hoje vou fechar a batalha de titãs entre Batman vs. Superman vs. Homem de Ferro vs. Capitão América. Acompanhem o começo de tudo nos blogs da Mulher Maravilha (Tami), Batman (Pâm), Homem de Ferro (Juju), só vou falar das outras quando elegerem seus heróis.
Pra começo, devo elucidar bem sobre o que se tratara meu texto. Basicamente eu vou comparar o que foi feito nos dois estúdios, tanto quanto a narrativa, quanto a atuação, retocando a formula adotada nas duas películas. Então, vamos lá?

Roteiro:
A Marvel é famosa por adotar desde o seu primeiro filme uma formula que tem se mostrado um tanto quanto lucrativa, seus filmes são leves e bem regados a humor, mesmo quando há um enredo que em tese deveria ser um tanto grave como é o caso da ruptura dos Vingadores, uma equipe que tinha sobrevivido mesmo quando um dos membros criou uma IA que quase destruiu o mundo. O maior problema para mim é que em nenhum momento fui capaz de sentir as emoções que as situações exigiam dos heróis, por exemplo: no caso da queda do Rhodes, Tony em nenum momento tem raiva de Steve, afinal se ele tivesse sido mais coerente o Maquina de Combate não ficaria paraplégico. Mas isso só acontece porque a intenção é evitar a apologia a violência, uma vez que com isso a Disney deixaria de atingir os quatro quadrados (homens, mulheres, adultos e crianças, se não estou enganado). Porém verdade seja dita, em termos de construção o roteiro de Guerra Civil é muito bem amarrado, se compararmos ao filme do outro estudio uma vez que suas justificativas são coesas e os arcos são bem fechados, tendo apenas um ou outro deslize no que tange o decorrer da história. A falha miserável está por conta da falta de vilão, o Zemo não impressiona e poderia facilmente ser anulado pois de nenhuma forma ele é essencial para fazer os eventos se desenrolarem. na realidade esse é um ponto que merece atenção, uma vez que com a exceção de Loki, que está mais para anti-heroi, a Marvel não teve nenhum vilão decente...
Do outro lado da moeda nós temos algo mais complicado, muito por conta da ousadia. Em Batman vs. Superman os fatos tendem a se desenrolar como se fossem pequenas peças de quebra cabeça isoladas que são coladas umas as outras e cabe a você fazer isso, as cenas parecem ser independentes entre si e esse é um dos maiores pecados do filme em termos de narrativa, já que nem todos os espectadores vão conseguir fazer isso, há uma lineariedade por parte da Marvel que não ocorre nos filmes da DC, talvez porque ela ainda não conseguiu encontrar sua identidade, seu maestro.
Vale citar também a maneira com a qual as duas mídias sofreram sua adaptação dos quadrinhos e, afirmo com plena certeza, Guerra Civil teve muito mais modificações do que a BvS, existe neste último filme trechos inteiros que foram retirados da HQ o Cavaleiro das Trevas e simplesmente passados em live action. Enquanto na casa das ideias só o que houve foram os chamados fã service, como a cena do raio repulsor e do escudo.
Outro ponto que deve ser citado é um erro de muita coragem que o diretor Zack Snyder cometeu, uma vez que ele se utiliza do mesmo método para contar histórias que o autor da HQ original, Frank Miller, quando em determinada cena ele põe a opinião pública através da televisão para dar o parecer do caso do alienígena Kal-EL, uma técnica corajosa, mas que tenho a impressão, falhou com seu objetivo. Concluindo, no fim das contas, nesse quesito quem leva melhor no sentido coesão é Guerra Civil, porém quem traz uma proposta inovadora e que acredito eu, o mercado estava sedento foi a DC. Meu professor me disse certa vez, as vezes melhor do que fazer certo você tem de ousar, agora cabe a vocês decidirem o que é melhor, ousadia ou um acerto pontual.

Personagens:
Depressivos, essa era a proposta do filme da trindade e cada um dos atores cumpriu sua missão com maestria. Uma coisa é fato e não pode ser negada, em termos de representação em se tratando desses dois filmes, a diferença na entrega de cada um dos personagens, tanto física, quanto psicologicamente falando é absurda se comparado ao CW. Um exemplo que poderia citar aqui facilmente está na cena em que BatAffleck quebra a pia do banheiro nas costas do Cavill, a câmera dá um close no rosto do homem morcego e a raiva, o ódio, o desejo por sangue é tão evidente que por um momento eu mesmo fiquei assustado. Do lado da outra editora, por mais que o Tony esteja cansado, em nenhum momento você compra o que ele está sentido. Infelizmente no que trata outros dois personagens eu terei de discordar ligeiramente da Pâm ao dizer que o Evans não está tão solido em sua atuação, principalmente se comparado com o deus todo-poderoso Superman. Minha amiga Pâm pegou apenas uma parte da essência desse personagem que é retratada no filme, ele está mais egoísta? Sim, tanto é verdade que isso tornou o personagem muito mais identificável do que ele jamais foi, mas ao mesmo tempo, como podemos ver, ele interrompe sua cruzada contra o morcego para salvar a menina do prédio em chamas, fiquem com isso em mente: “Talvez ele seja apenas um cara tentando fazer o que é certo. ”

Apesar dos pesares, Superman consegu entregar as duvidas e incertezas que um homem em sua posição devem ter com muita habilidade, uma das cenas emocionais que mais me chamaram atenção no filme foi durante a explosão do capitólio, a famosa cena do chá de pêssego da vovó, cada ator ali envolvido, desde a senadora, cujo o qual tem suas mão trêmulas enquanto vê o chá de pêssego, passando pela assistente do Luthor e sua nitida confusão até a vitima da bomba, todos entregam suas emoções de maneira magistral, mas é o Superman que ao final entrega a melhor expressão de todas, uma mistura de desapontamento com inevitabilidade que levanta a questão, o que passa na cabeça de deus quando ele passa por uma situação como aquela, alguém com tanto poder vendo os outros morrer sem saber extamente a razão, me parece uma indagação de que nada poderia ser feito. Então a cena seguinte nos mostra a grandiosidade desse Superman em detrimento a qualquer outro, a profundidade do que é ser o homem mais poderoso da Terra, a dor de se fazer o bem e apenas o bem.

"Todo esse tempo eu vivi minha vida do jeito que meu pai planejou. Consertando erros para um fantasma. Pensando que estava aqui para fazer o bem. Superman nunca foi real, era apenas o sonho de um fazendeiro do Kansas."


A mistura da trilha sonora, do diálogo e das expressões do Cavill, com minha vida particular me fizeram chorar igual a um bebê. 

Na parte dos vilões acho desnecessário enfatizar o Lex comparado ao Zemo e falo sério, não farei isso.

Concluindo, porque sinceramente eu poderia divagar por linhas e linhas indefinidamente, ambos são bons filmes à sua maneira. Guerra Civil entrega um roteiro mais fechado, melhor amarrado e coeso, além de é claro possuir a famosa e lucrativa formula Marvel. Já Batman v. Superman tem elementos pontuais melhores, como a atuação do elenco, cenas em quadros com uma produção mais desenvolta, além de é claro um vilão com muito mais peso, porém se tivesse que escolher apenas um deles eu escolheria BvS pela simples coragem que o filme destoa, uma ousadia em trazer algo diferente, ainda que com alguns pecados.







LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...