domingo, 30 de agosto de 2015

Futuro do Quarteto

Salve, salve galera! LP está na área e embora eu não tenha muita ideia do que postar hoje, eu resolvi batucar no teclado e ver o que sai. Na verdade, verdade mesmo uma coisa passou pela minha cabeça, a possibilidade de que talvez ainda seja necessário que eu tenha que me provar como conhecedor de filmes então por isso decidi fazer o post de hoje.
Mas antes acho que preciso começar apresentando a minha nova escala de notas de filmes, baseada em: diretores.




  •     Martin Brest: Um fracasso total, tão destruído pela critica e pelo publico que definitivamente é uma perda de tempo assisti-lo. (1/5)





  •  Irmãos Wachowski: Começa bem, desanda pelo caminho e no fim acaba escorregando feio, consegue ser mais instável que a programação da tarde do SBT, porém ainda há pontos positivos que valem ser ressaltados. (2/5)



  • James Cameron: Na sua maior parte é mediano, no entanto, ao contrario do que a intriga da oposição diz, seus pontos altos são tão altos que por vezes vocês tem certeza que o filme é genial. (3/5)


  • Francis Coppola: Não tem foto porque se você nunca assistiu a um filme dele, você não merece respirar e se não conhece você me dá vergonha, afinal os geniais nem precisam, seus nomes é que serão lembrados pela eternidade. (estou me sentindo poético). Para assistir esses filmes você estaria disposto a lutar contra oito búfalos, jacarés, tubarões e a divida grega, mas no fim saberia que tudo valeu a pena. (4/5)


  • David Fincher: Seus filmes farão seu cérebro explodir, como uma roupa apertada frente ao derradeiro brigadeiro. Então quando assistirem um filme em cuja a critica aparecer essa foto, acreditem, o filme é excelente. (5/5)




Agora que já chamei a atenção de vocês para a escala que haverá nas críticas dos filmes, posso voltar para o que eu queria desde o início, falar um pouquinho sobre o futuro de Quarteto Fantástico no cinema e com isso levantar um ou outro ponto interessante sobre a franquia e o cinema no geral. Então, vamos lá?
Com um orçamento beirando aproximadamente os 120 milhões de dólares e uma arrecadação de 130 milhões ao redor do globo (17 de agosto de 15) o que podemos tirar de informação destes números em um primeiro momento é que o filme foi, de certa forma, um fracasso de bilheteria (calma, segurem essas pedras) pelo fato de ter apenas conseguido se pagar e ter obtido US$ 10,000,000.00 de lucro para a Fox, qualquer coisa menor do que isso, pode ser considerada como um desastre e vou ilustrar isso para vocês. Em 2012 a Disney apostou cerca de duzentos e cinquenta milhões em John Carter, um filme de orçamento monstruoso, vide Vingadores do mesmo ano que teve duzentos e vinte, detalhe que ambos são do mesmo estúdio. Não estou aqui para determinar qualidade, pelo menos não hoje, mas Carter foi um desastre mundial tão imenso que custou a cabeça do presidente dos estúdios do Mickey.
Percebam, de um ponto de vista econômico, o que ocorreu com a primeira família da Marvel foi péssimo para o estúdio, os milhões ali em cima investidos tendem a dizer respeito “apenas” ao que foi gasto com o filme, fora parte campanhas publicitarias e de marketing que normalmente são uma nota.  Mas o que causou tudo isso? Você deve estar se perguntando.
Bom, na verdade existe alguma nevoa ao redor desta produção, para começar o diretor Josh Trank disse que a Fox iria lhe entregar um filme com um grande orçamento, mas que no fim o orçamento foi cortado pela metade. Os valores que nós temos são os cento e vinte e pouco, uma conta rápida nos diz que esse filme teria o que? 240.000.000,00 de orçamento? Quase o mesmo orçamento que o principal filme da DC para o próximo ano, ou colocando de uma maneira mais tangível, maior que o da principal franquia do mesmo estúdio, os X-Men.
Uma rápida pesquisa nos principais sites de entretenimento e twitter falam que o diretor entrou em conflito com o estúdio de gravação, um assunto polêmico, mas que não nem um pouco novidade, posso citar a exemplo disso o próprio Fincher que ilustra nossa escala que mais de uma vez brigou com a mesma Fox no passado e que hoje é tão amado por ela, além de Coppola com sua trilogia do poderoso chefão que dizem a lenda, certa vez foi visitado por Scorsese nos estúdios da Paramount e este o viu chorando. Imaginem o quanto não deve ter sido duro, no entanto é preciso ter em mente que por mais que você no papel do diretor se apegue ao trabalho, aquilo não é seu, o que você está fazendo pertence ao produtor, pertence a quem entra com a grana e eles querem ver o dinheiro de volta, é difícil? É. É chato? Com certeza, mas não dá pra discutir com quem está pagando, agora o Josh deve passar um bom tempo na geladeira devido a esse conflito.
Nesse caso em especial teve um nome que terminou por enterrar tudo, isso porque eu só estou falando da briga de engravatados, ainda vou entrar no elenco, seu nome Simon Kinberg. O que ocorreu no caso é que Josh estava cotado para Star Wars, porem o produtor que é um dos nomes mais fortes na Fox e que também está por trás de guerra nas estrelas simplesmente mandou ele pegar suas coisas e ir embora, Star Wars não é para o seu bico. Ou seja, o diretor já não estava sendo bem visto em nenhum lugar.
Para terminar ainda temos as notícias de que o diretor quase saiu no tapa com o Miles Teller, o ator
principal, um adendo que James Cameron também é tido como um esquentadinho, palavras ditas por ninguém menos que o próprio Arnold Schwarzenegger,  durante a produção de Exterminador do Futuro, só que, acredito eu, brigar ou irritar-se e partir para agressão física sejam duas vertentes bem distintas entre si e aparentemente esta última foi o ponto do diretor. E quando você acaba por sair na mão com alguém, você perde qualquer razão que possa ter, além do respeito de toda a sua equipe.
Então é isso pessoal, eu acredito que o que vai ocorrer é o seguinte, o diretor ficará algum tempo na geladeira, se conseguir arranjar algum trabalho agora que está tão mal visto. Por outro lado, desde que perdeu os direitos de Demolidor a troco de nada a Fox tem uma encrenca muito grande com a Marvel-Disney e as consequências disso meu povo? Ela fará outro filme, ainda que tenha que adiar, ainda que não una necessariamente agora os universos dos mutantes e do Quarteto, ela vai fazer outro filme, a raposa não vai entregar os direitos assim facilmente.

É isso pessoal, deixem as opiniões de vocês sobre o que acontecerá aí nos comentários...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Veredito: Quarteto Fantastico

Salve, salve galera, aqui é o LP em uma nova coluna onde irei passar-lhes o veredito dos filmes que saíram recentemente no cinema. E para o filme de hoje, embora já tenha saído no começo do mês, vamos falar do conturbado Quarteto Fantástico.
“Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). ”
É gente, nem parece, mas faz dez anos desde que o primeiro Quarteto Fantástico foi lançado no cinema e o que vemos hoje é uma Marvel bem consolidada com seus filmes além de uma Fox que já atingiu um forte patamar de excelência com sua principal franquia, os X-Man. Voltando-se então para um novo Quarteto, o resultado obtido pelo estúdio é amplamente superior ao que vimos nos filmes estrelados por Ioan Gruffudd e Jessica Alba, principalmente por adotarem uma formula que há muito tempo vem dando certo nos filmes, a receita de se humanizar os personagens, que quase sempre acaba por ser tornar uma busca desesperada para trazer relações que por fim acabam deixando os filmes ainda mais clichês e de almas perdidas.
O que vemos no enredo é uma maior exploração das ligações de amizades e de família, quero dizer, o ritmo com o qual as relações vão sendo construídas obedece uma lógica quase indiscutível, porém mesmo isso parece que ficou incompleto. Simon KinbergJeremy Slater e Josh Trank (esse último sendo o diretor) optaram por contar a história pela ótica de Reed Richards, tal qual o universo ultimate, ponto para eles nesse aspecto. Mas apenas esse ponto, já que logo depois disso as coisas resolvem dar uma ligeira desandada.
Sem precisar de muitas explicações por operar em terreno emocional conhecido, o filme teoricamente funciona bem nesse sentido. O casal de irmãos Susan e Johnny e sua relação com o pai são retratados de maneira competente, porém os vínculos de amizade entre Reed e Ben Grimm (Jamie Bell) são econômicos demais, quase não parecendo justificáveis, ou mesmo plausíveis. E, quando os mundos se encontram, eis que entra em cena o desconfiado e genial Victor Von Doom (Toby Kebbell) que me pareceu um tanto subaproveitado sob o pretexto de segundo homem mais inteligente da terra e que, diga-se de passagem, tem uma história de origem interessantíssima.
Mesmo assim o filme ainda teria créditos como sendo uma ficção científica digerível nos momentos de toque de horror como quando surgem os superpoderes, as habilidades do quinteto jamais são tratadas como uma dádiva, mas como uma reação fisiológica tão exuberante quanto perigosa e com isso os militares se encantam.
Mas é só isso, a partir de então ele se perde, aparentemente motivado por uma Fox que queria uma maior participação dos super-heróis, vale ressaltar que este não é um filme comum de super-herói, há ele pode até ser visto como um tanto parado, devido ao fato de passar boa parte dele em um só lugar, mas aparentemente Trank teve que fazer mudanças de última hora no roteiro e em todo o último ato, ainda que se perceba isso a impressão que fica é que o filme se constrói como se não conseguisse justificar a cena passada e por isso prefere deixa-la de lado.
Talvez o pior mesmo seja para quem conhece um outro trabalho do diretor (Poder Sem Limites) vai saber que ele leva um bom tempo para montar a historia, construir os personagens e ao fim ele resolve tudo muito rapidamente, o que acaba atrapalhando o andamento geral do filme.
Vale ressaltar que a interpretação dos garotos foi notável, de todos eles e mesmo que o orçamento de U$$ 120,000,000.00 seja um dos mais baixos de toda a Marvel, o que prejudicou muito os efeitos especiais e o próprio acabamento de personagens como o Dr. Destino. No entanto torna-se difícil produzir qualquer coisa decente quando diretor entra em confronto tanto com o elenco quanto com o próprio estúdio, que diga-se de passagem paga toda a produção.
Por hora, o que falta é esperar o resultado desse filme e vermos como o estúdio da raposa irá reagir a ele, mas agora colocando um pouco da minha própria opinião, o que falta para eles é encontrar um Kevin Feige, ou Chritopher Nolan para reger os movimentos de seus filmes. Brian Singer poderia ser um bom nome.

NOTA: 2/5





sexta-feira, 7 de agosto de 2015

[Pega a Pipoca] Filme Eu Sou a Lenda

Salve, salve galera Pega a Pipoca diferente hoje, só para quebrar paradigmas, sair da rotina, então o Pega a Pipoca que normalmente é feito lá no ID, hoje será aqui nesse blog e lá no ID teremos uma discussão que na verdade deverá se arrastar para aquele grupo no facebook (se não participa, clique no link e venha trocar uma ideia conosco).
Bom, hoje eu vou falar de um filme que me emocionou muito, um tipo de história que esteve mais em alta, mas eu prefiro mesmo é sair do modismo, hoje vamos falar de zumbis, ou mais precisamente I am Legend. E para não perder o hábito, em português Eu Sou a Lenda.
Então meus caros, peguem seus companheiros mais próximos e vamos lá.
Na tentativa de criar uma vacina para o câncer, a humanidade acaba criando um terrível vírus incurável que dizima a partir de Nova York toda a população mundial. Robert Neville (Will Smith) é um cientista brilhante que, sem saber como, é imune ao vírus. Há 3 anos ele percorre a cidade enviando mensagens de rádio, na esperança de encontrar algum sobrevivente. Robert é sempre acompanhado por vítimas mutantes do vírus, que aguardam o momento certo para atacá-lo. Paralelamente ele realiza testes com seu próprio sangue, buscando encontrar um meio de reverter os efeitos do vírus.
Por onde começo? Talvez por um toque pessoal, eu adoro esse filme, mesmo. Eu tenho para mim que esse é um dos papeis mais icônicos e que mais exigem do ator Will Smith, além do físico, tem também toda a parcela emocional e isso é o que eu quero trabalhar com vocês agora. Na verdade, essa é uma adaptação do livro homônimo de 1954, sendo que o mesmo estúdio, a Warner detém os direitos dessa história desde 1970 e essa já é a terceira adaptação as telas, acaba que a junção de um produtor oscarizado, do diretor Francis Lawrence e de Will termina por realizar o que hollywood pode fazer de melhor, gigantescas cenas megalomaníacas como a da cidade de Nova York deserta, que de fato foi gravada dentro da cidade. O diretor não esconde que duas versões do final da produção foram gravadas sendo a primeira mais filosófica, subjetivo, porem acaba por ser removido em detrimento de um final "mais comercial", nas palavras do próprio diretor (e honestamente, o final comercial nos deixa até mais revoltados).
O filme em si é silencioso, passa quase dois terços apoiados apenas em um personagem e uma cachorra. O cineasta conta sua história com imagens e Will Smith responde a isso. O bom ator, perfeito no papel de Robert Neville, tem alguns monólogos e acompanha seu diretor nos pequenos momentos que dão toda a riqueza do filme. A gente até repara em alguns pontos, mais fracos, se podemos assim chamar, como os monstros fora dos padrões, quero dizer se você assiste os extras do filme, você percebe o quanto aquilo foi levado a sério em termos de realismo, houve pesquisas no NIV (instituto nacional de virologia em inglês). Lá é dito que essa doença seria uma mistura de várias outras, dentre elas a raiva, mas não explica como essa doença mudou as pessoas fisicamente, mas deixemos isso de lado, o filme é bom demais para se ater a esse detalhe. E essa pesquisa no instituto americano de virologia não é unica, nos extras vemos todo o preparo do ator e mais bacana ainda, o da cachorra, todo o cuidado que tiveram com ela, gente é uma coisa impressionante, tentarei disponibilizar se eu achar.
Smith está competente como nunca (atenção para a cena com o cachorro no laboratório e as discussões com Ana, vivida pela brasileira Alice Braga), o cineasta sabe direitinho o que faz e o roteiro tem um ritmo diferente do que normalmente se vê por aí. Quando ele declara com absoluta certeza, que pode consertar tudo, que pode fazer as coisas voltarem ao normal, você é capaz de sentir as emoções transbordando dele, o cara é muito zica.

Roteiro: Preciso dizer mais? Ritmado, com bons monólogos e que se desenvolve em boa parte com apenas um humano racional, o roteiro do filme, mais as passagens em uma Nova Iorque totalmente deserta incluindo a cena em um porta aviões, faz deste um filme que mesmo tendo que atender apelos comerciais, ainda seja uma obra que vale a pena ser vista.

Personagens:
Smith: É um baita ator, segura sozinho toda a dificuldade que seu personagem deve passar, está em ótimo preparo, físico e mental, dramático nas cenas necessárias, transmitindo para os expectadores seu desespero e esperança de que ainda pode consertar tudo sozinho. Por favor reparem bem na cena do cachorro, confesso que me emocionei em determinada cena mais com a dublagem brasileira do que com a voz original, mas enfim.
Braga: Isso mesmo, temos uma atriz brasileira aqui e olha, o papel e o comprometimento da atriz, digo isso depois de acompanhar algumas peculiaridades dos extras, são realmente impressionantes, o papel dela é desproporcional se compararmos ao do Will, mas o filme retrata a história de um homem solitário em uma cidade vazia, ainda assim ela consegue conduzir muito bem aquele papel de mediadora, entre Robert e Deus, mandando ele escutar o plano e sendo meio que sua voz da consciência, Alice é na falta de outra expressão, encantadora demais.
“Vou dizer o que acho do plano do seu Deus. Havia 6 bilhões de pessoas no mundo quando vírus se tornou letal, o vírus matou 90% das pessoas, são 5,4 bilhões de pessoas mortas e todas sangraram até morrer. Menos de 1% de imunidade e restaram 12 milhões de pessoas saudáveis como eu e você, todos os outros 588 milhões se transformaram em vampiras e elas ficaram com fome. E elas mataram e se alimentaram de todo mundo. Todas as pessoas que você, ou eu conhecemos morreram. MORRERAM! Deus não existe! Deus não existe." - Will Smith.

Obs: Há um final alternativo neste filme e eu pretendo falar sobre ele no ID assim que possível, claro que vamos discutir isso lá no grupo também.

Obs: Tentarei por no grupo o link para algumas animações do filme, para podermos conversar sobre elas.

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...