segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Veredito: Star trek - Sem Fronteiras

Salve, salve galera! LP retomando com coluna Veredito de volta mais uma vez, provando para a crítica que nenhuma coluna fica abandonada nesse blog por muito tempo.
No veredito de hoje eu vou avaliar, como vocês já devem ter percebido, o filme Star Trek: Beyond ou no português, Star Trek – Sem Fronteiras.
“A tripulação da USS Enterprise está no meio de sua missão de cinco anos pelo espaço quando é atacada por uma poderosa espécie alienígena desconhecida, forçando o abandono da nave. A tripulação sobrevivente fica presa em um planeta também desconhecido sem nenhum meio aparente de resgate, entrando em conflito com um inimigo que nutre um imenso ódio contra tudo o que a Federação Unida dos Planetas defende e representa.”
Eu não posso deixar de achar interessante a forma como Star Trek, principalmente esse mais novo representa figurativamente o tempo das antigas navegações e já vou traçar o paralelo para vocês entenderem. Para começar a gente precisar colocar os pingos nos Is. É fato que J.J Abrams fez um excelente trabalho ao trazer a franquia de volta a vida, mas onde ele verdadeiramente acerta é quando larga de ser diretor e passa a produção ou seja, é quando ele deixa o roteiro a mão de Simon Pegg e do diretor Justin Lin, sendo o primeiro como rezam as lendas um nerd trekker quase religioso, enquanto o diretor se envolve mais de maneira emocional.
O que eu acho mais engraçado de acompanhar em um roteiro escrito por um cara que atua no elenco é a forma como ele puxa a sardinha para si mesmo, dando uma maior linha de diálogos para seu personagem, mas isso acontece de maneira tão discreta e bem feita que eu comparei a sutileza do humor britânico, onde você tem que se esforçar para perceber que está ali. Além do toque de humor que há neste filme.
Seguindo as linhas do filme anterior onde estavam de saída para um missão de cinco anos, aqui eles já se encontram no terceiro ano da missão e é aqui que há o paralelo com as navegações, uma vez que isolados do convívio com outras raças, tendo apenas a própria tripulação como companhia, o filme retrata o que vem a ser a perda de identidade, o questionamento sobre “o fim” do universo infinito. O plot twist vem quando eles chegam a base espacial – que diga-se de passagem foi muito bem montada – e atendem a um chamado de socorro que evidentemente se mostra uma armadilha. Em um bem orquestrado combate entre a Enterprise e a nave do malvado Krell, interpretado aqui por Idris Elba, que graças a maquiagem está irreconhecível, o capitão e sua destemida tripulação se veem obrigados a pousar no planeta. Vale frisar a quantidade agradáveis surpresas agradáveis que nós temos durante o desenvolver da histórias que servem para deixar a trama melhor amarrada, o vilão mais motivado em agir daquela forma e o roteiro mais coeso.
A liberdade com a qual Pegg tratou esse roteiro tem de ser admirada porque funcionou muito bem, nesse filme nós vemos a trama se passar muito mais em terra, além de ocorrer uma cisão p0or parte do que seria esperado. Os personagens acabam se dividindo em duplas e quem diria? Spock e “Magro” acabam por ficar juntos e a coisa funciona, vale realmente bons momentos de risada. E o toque final no roteiro fica por conta das homenagens bem feitas, tanto a Nimoy, quanto a Anton Yelchin que por ficar de dupla com Kirk, acaba ganhando um maior destaque.

Bom, mas como nem tudo na vida é açúcar e caramelo, temos que citar as parte do filmes que não são tão boas, em primeiro lugar, sabendo como são os fãs da série, eu tenho uma péssima notícia que vocês já devem ter visto no primeiro trailer, a nave é destruída... de novo, essa repetição as vezes enche o saco! As cenas infelizmente são bem escuras e tem um 3D desnecessário que não funciona bem talvez por ter sido mal executado. Do outro lado jogando um balde de agua fria no trabalho do diretor, que é famoso por empregar uma grande diversidade no elenco, vide seus trabalhos em Velozes e Furiosos, me arrisco a dizer que a diversidade não vem por conta dele e sim porque desde o primeiro filme a tripulação já tinha uma pegada multicultural.

Concluindo, Star Trek pode enfim tomar um rumo de forma que sua vida estenda-se longa e prospera no mundo do cinema, dependendo apenas da bilheteria, porque em termos de qualidade ele está bem garantido. Vou até aproveitar o espaço para polemizar, bilheteria não é sinônimo de qualidade, correto? Correto. Porém apenas bilheteria é sinônimo de continuação, vide Mad Max, que foi um filme revolucionário, mas que infelizmente terá uma continuação...
  • Selo Coppola: Acredito eu que este é o melhor filme da nova série revivida pelo J.J, acho que para ser mais perfeito o vilão poderia ser interpretado pelo Benedict. (referencias... nunca me canso delas) Uma obra perfeita para fãs e mesmo para quem quer se arriscar por esse solo.


6 comentários:

  1. E aí LP!!
    Acredita que não vi nem o primeiro star trek ainda?Tenho vontade de ver porque tenho um crush no Chris Pine mas ainda nem vi kk
    Achei interessante isso de voce citar do humor britanico, nao sabia que funcionava nessa forma
    que ator espertinho hehe
    mas gostei da sua critica no geral, so preciso criar vergonha na cara pra ver ne -.- mporque acho que nao da pra ver separado desse ne KKK nem referencias eu tenho ainda poxa T.T
    Vixe, a bienal foi lecal mas lembro da sua revolta quando descobriu que a popozuda lançou um livro KKKK
    e varias outras pessoas - e nao consigo nem terminar de escrever o meu ainda #snif mas um dia vai!
    Bem, no evento da Fabi voce vai tambem ne?
    Ai ja ta tudo bom!
    Um beijo!
    Pâm - www.interruptedreamer.com

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    1. Pâm, você que bonito ficou o novo layout do blog? A menina que fez tem um talento que meu Deus! Agora eu precisava saber se ela quer que eu indique para conhecidos o seu trabalho...
      Sobre o filme, não precisa ter visto os três primeiros não. Esse filme é bacana porque dá pra você assistir mesmo sendo bem cru na série.
      E sim, a gente se encontra no evento.
      bjo

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  2. Oie, LP! Primeiramente, que show que ficou o seu lay, bem clean e super a sua cara, adorei!
    Quanto ao filme, eu ainda não fui conferir, mas pelo jeito tem lá seus pontos positivos e negativos, né? Odeio quando usam o 3D e efeitos desnecessariamente, um filme não precisa desse exagero pra ser bom. Mas se a história faz valer a pena, é o que importa
    Respondendo o seu comentário, fiquei mega feliz por você ter curtido Caixa de pássaros, pode apostar em O menino que desenhava monstros simm! Sei qual é esse filme que você comentou, O sono da morte, mas não é a mesma história não. A do filme inclusive é menos terror ainda, o nome engana muito. Mas pode assistir também, achei legal a proposta.
    Não fiz crítica de Esquadrão suicida não, até porque nem assisti ainda hahaha mas pelo que andei vendo o pessoal ficou bem dividido né entre gostar-não gostar do filme

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

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    1. Eae Carol!
      Bota na conta da Pâm, foi ela quem fez todo o disgn e ainda por cima no blind, tudo que eu fiz foi falar que estava bom, porque realmente estava. Ela me conhece tanto que ficou super a minha cara.
      A parte do 3D, o pessoal usa, apenas para aumentar o valor dos ingressos, porque francamente em 90% dos filmes não há nem necessidade de usar essa tecnologia. Vou ver se assisto.
      Sobre Esquadrão, logo eu posto a minha crítica.
      bjos

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  3. Resenha completíssima e muito bem explicada.
    Quanto a este filme, não fui ainda conferir. Contudo, venho acompanhando o trabalho de sucesso do diretor na reconstrução dessa saga tão amada. Ele parece estar tomando todo o trabalho como algo mais pessoal; digo isso pela seriedade e perseverança em fazer algo que os fãs gostem.

    Novamente, excelente texto.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de setembro. Serão três vencedores, cada um ganhando dois livros.

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    1. Valeu irmão!
      Sim, eu tenho percebido e é bacana quando o trabalho fica na mão de quem realmente se importa com a coisa, como nesse caso.

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