segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Esquenta para o óscar: Blade Runner, o Caçador de Androides

Salve salve galera! Manda LP mais uma vez. No post de hoje amigos eu venho trazer mais um filme da coluna Esquenta para o óscar. Conforme vai chegando a data da entrega do prêmio mais importante de Hollywood, vai ficando cada vez mais difícil para mim, mas vamos lá tentar colocar mais um filme para vocês.
Hoje eu trago para você um feijão com arroz dos que se dizem nerds, então se você ainda não assistiu, por favor, pare de se chamar assim. Com vocês Blade Runner, o Caçador de Androides ou simplesmente Blade Runner.

“No início do século XXI, uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas. Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los.”
Essa belezinha aqui é simplesmente o pai dos filmes nerds.
Por que deve estar aqui: Simples, o filme foge do que poderíamos considerar típico do gênero de sci-fi, sem falar que lá nos idos de 1982 Scott já profetizava o que iria rolar com a humanidade, uma vez que o filme retrata uma Terra, mais precisamente Los Angeles, superpopulosa, amontoada em arranha-céus tomados pela ferrugem causada por uma insistente chuva ácida.
A história na verdade é baseada no livro de Philip K. Dick, adaptado por Hampton Fancher e David Peoples. Esse filme é mais um daqueles com uma pegada filosófica fantástica. Foi um flop no começo, mas com o passar do tempo ganhou o posto de filme cult e virou uma das obras mais importantes dos anos 80, adotando a alcunha de filme Noir.
É engraçado ver como esse filme prevê a decadência humana de uma forma intensa e a vida passa a ser melhor em seletivas e segregatórias colônias espaciais que são anunciadas, em telões coloridos e convidativos pelos prédios da cidade, como o Novo Mundo. O sonho americano agora foi tomado por asiáticos, que ditam desde as propagandas até a comida.
O filme se toma basicamente por uma ambientação escura, iluminada por neon e tomada por fumaça de carros voadores, enquanto o filme possui um sem fim de mensagens que confirma seu ar depressivo como no raro momento que o sol aparece e é rapidamente coberto por uma cortina ao passo que a personagem perde sua personalidade ao descobrir que era apenas um robô, uma simulação de vida. Suas memórias são inseridas, o dom de tocar piano não é seu. Ao mesmo tempo, é ela que desperta a vida perdida novamente em Deckard, pois a razão fica de lado pelo sentimento que passa a sentir por ela, abrindo novos horizontes para o personagem.
Na parte da interpretação, eu me arriscaria a dizer que o replicante interpretado por Rutger Hauer brilha mais do que Harrison Ford é bem interessante ver ao final o discurso de Roy que torna-se um ícone na atualidade.
Mais uma vez o filme se trata do medo inerente a humanos ou no caso maquinas, da finitude, da morte e mais ainda, sobre a capacidade humana de criar memórias (assistam e entendam)
Ford: No papel de Dackard, o ator já era um sucesso, uma vez que vinha de Star Wars e de Indiana Jones vem com mais uma atuação sólida no papel do caçador de androides, mesmo tendo entrado em conflitos com Ridley Scott. É interessante como ele começa o filme indiferente e evidentemente, relutante em retornar ao ofício.
Hauer: A um entrelaçamento entre a história dos dois, uma vez que Ford, começa como caçador, mas a partir do momento em que Betty numa das cenas mais fortes e envolventes da sétima arte faz com que Deckard se pergunte até onde vai a moral do criador para determinar limites para sua criação, o complexo de Frankenstein em versão cyberpunk. Atuação sólida, simplesmente impecável.
"Eu vi coisas que vocês homens nunca acreditariam.
Naves de guerra em chamas na constelação de Orion.
Vi raios-C resplandecentes no escuro perto do Portal de Tannhaüser.
Todos esses momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva." - Hauer

19 comentários:

  1. Essa frase que você colocou no final eu já tinha ouvindo, mas não sabia que era desse filme.
    Parece ser um filme legal, não conhecia.

    Blog Profano Feminino

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    1. Alo!
      Essa é uma das frases mais impactantes do cinema. Acho ela, no contexto do filme uma das coisas mais lindas de se ver...
      bjos

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  2. LP, adorei a sua resenha!! Muito bem detalhada. Mas acho que infelizmente não é o tipo de filme que eu curto :(

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

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    1. Ele é filme construído numa atmosfera meio escura, o chamado Noir, escuro esfumaçado. Mas tem uma pegada reflexiva muito bacana. Mas a delicia do cinema é isso, se você não gosta desse, o que não falta são gêneros bacanas.

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  3. Olá! tudo bem?
    confesso que nunca tinha ouvido falar, mas fiquei interessada, viu..
    gostei quando você disse pegada filosófica fantástica e me ganhou aí hahaha
    beeijo

    http://lecaferouge.blogspot.com.br/

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    1. Oi Tamara
      Então, na verdade ele foi um flop que só adquiriu o status que possui hoje com o passar dos anos e as redescobertas que ele sofreu, senão...
      Mas se você gosta de uma pegada filosófica, eu recomendo o 2001 antes até.

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  4. LP, EU AMO O RIDLEY SCOTT D: Tá na lista dos meus favs, mas Fincher na frente. Eu preciso ver esse filme de novo, vou te falar que lembro de pouca coisa e-e Suua resenha tá super foda é claro e deixa eu contar: Blade Runner teve sua produção inspirada em Dune de 75 que não foi pros cinemas :B maioria dos clássicos de 70 a 90 veio de Dune

    bjs, Carol | Espilotríssimo
    www.carolespilotro.com

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    1. Oi Cagol
      Depois que ele fez aquela cagada dos filmes de heróis ele caiu no meu conceito hahahahahahahahaha
      Sim, na real acho que 99% das produções dos filmes de ficção cientifica bebe de alguma forma do Dune que nuca existiu ao Jadorowski.
      bjos

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  5. Eu adoro esse filme, indiferente ao fato de ele ser nerd ou não. Também acho que ele passa MUITO LONGE do que se pode estereotipar de filmes para nerds. Achei inclusive meio incômodo você dizer que quem não viu a obra não pode se considerar um, afinal, nerd não tem nada a ver com sci-fi e etc.
    Como eu fiz um TCC que abordava a cultura nerd, mergulhei em vários estudos antropológicos dessa tribo urbana, e esse filme coitado não passa nem perto das referências. rs

    Beijos
    www.jadeamorim.com.br

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  6. Salve Salve Man of Steel!
    Voce e seus adoráveis esquentas
    Quando é o Oscar, alias?
    eu nunquinha vi esse filme E ainda por cima ja pensei em Blade, com o Wesley Snipes, que devo dizer: NADA tem a ver com o conteúdo desse nerdico que aqui li
    O livro do Philip chama Blade Runner tb ne?
    quando voce fala ambientação escura eu ja lembro de BvS
    Memorias inseridas me lembram um livro, mas na verdade é mais algo com O doador de Memorias (esse vc ja viu ne?) que nada tem a ver tb
    O Harrison Ford tá tão novinho quue nem paree ele a cara dele mesmo HEHE
    eu queria entender como a Carol de filmes para poder comentar os detalhes técnicos, mas eu fico aqui só apreciando sua resenha maravilinda mesmo <3

    Agora vamos por os comentários em dia:

    e tem muitos livros de como treinar seu dragao LP, vou ficar PROBREEEEEEE
    e escrevi errado mesmo de proposito!!!
    O plot muda pouca coisa viu, mas é muito amorzinho os dois <3

    E VAMOS MARCAR ESSE ANO DE FAZER VIDEOS QUE NAO TENHO NADA NO CANAAAAAAL

    beijos

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    1. Salve Salve!
      Acho que se não minha memoria não estiver falhando miseravelmente, é no final de fevereiro.
      Wesley Snipes, bom esse Blade é um filme de super-heroi...
      Não, se bem me lembro o livro se chama androides sonham.
      Sabe que ele consegue ser ainda mais escuro?
      Já, mas tenho ctza que a pegada dos implantes de memória é meio diferente
      Ah mano, é so uma questão de assistir vários e ir pescando as ideias por associação
      Para mano, já tem dois filmes, já vai sair o terceiro pra que por mais livros?
      Pra ontem manola!!!!!!
      bjos

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  7. Oi LP, tudo bem?
    Nem reconheci o Harrison Ford num primeiro momento hahaha!
    Eu sei que Blade Runner é um clássico, mas nunca assisti. Não sou a maioooor fã de sci-fi (gosto bastante, mas não acompanho tudo do gênero), então tô por fora de várias obras do gênero.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Oi Priih
      O Harrison era todo pá na juventude dele. Começo de Star Wars, Indiana Jones...
      Nah mano, eu só pego no pé de quem se diz absurdamente fã da cultura pop em geral. Uma vez que existem certos clássicos que necessitam ser vistos...
      bjos

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  8. Oi, LPzinho!
    Então, eu acho que assisti Blade Runner quando criança, mas não lembro quase nada.
    Meu pai nos apresentou os melhores filmes das décadas de 70 e 80 quando éramos crianças, então vi muita coisa boa <3 (Indiana Jones amooooooooooor)
    Preciso dizer que amo Harrison Ford? Preciso?
    Acho que vou assistir Blade Runner de novo. Bateu curiosidade, porque nem lembrava de nada da história.
    2019 está LOGO ALI. E nem temos replicantes por aí, hahaha.

    Beijooos

    www.casosacasoselivros.com
    www.livrosdateca.com

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    1. Tecaaaa!!!
      Aí sim hein, isso é que é pai manjador das coisas.
      Vira, até pq uma vez que vc ta mais velha, vc consegue intepretar certas passagens de um forma diferente, saca?
      Antes disso a gente ainda vai ter Bade Runner 2049 esse ano...
      bjos

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  9. Oi, LP! Olha eu ressurgindo das cinzas! hahaha
    Olha, assim como a Pâm, pensei logo no Blade filme de vampiro, nem sabia da mera existente desse filme aí da postagem!

    "O filme se toma basicamente por uma ambientação escura, iluminada por neon e tomada por fumaça de carros voadores, enquanto o filme possui um sem fim de mensagens que confirma seu ar depressivo como no raro momento que o sol aparece e é rapidamente coberto por uma cortina..."

    DC, é você? HAHAHAHAHAHAHAHAH Tirando os carros voadores, tem tudo isso aí nos filmes da DC... acho que sofro de DCfobia...é um caso a ser analisado, não acha?
    O Harrison nessa foto do poster me lembrou um outro ator que fez muitos filmes de ação, mas eu não lembro o nome nem a pau!!
    Acho bacana quando os filmes lá dos longínquos anos conseguem "prever" as coisas do futuro...tipo De Volta Para o Futuro!
    Enfim, não é bem meu estilo, então vc sabe, né? hahahaha


    Beijos
    - Tami
    Blog Meu Epílogo | Instagram | Facebook

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    1. A Tami ta viva!!!!
      Achei que ia ter que fazer uma incursão até algum lugar perdido ai pra poder te resgatar.
      Surpreendentemente a distribuidora desse filme é a Warner... Coincidência? Acho que não.
      Eu quero ver se Blade Runner desse ano vai trazer alguma previsão, mas acho bem difícil
      Sei, sei bem como é seu estilo
      bjos

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  10. Oi LP,
    Ah, preciso assistir esse filme antes de sair a versão do Denis, que certamente já me deixa curiosa. Adoro o trabalho dele.
    E ainda tem o tio Harrison arrasando!

    tenha uma ótima quarta =D
    Nana - Obsession Valley

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    1. Eu já acho que, por mais que o Denis seja um bom diretor eu tenho minhas duvidas uma vez que eu acho que esse não é um filme que se deva ter uma continuação, era bom ter acabado do jeito que acabou...
      O Harrison é zica
      bjos LP

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