quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Conselho Apresenta: Sete Minutos Depois da Meia-Noite


Tenham uma ideia em mente meus amigos, é fato que seres com uma longevidade muito maior tendem a ser mais sábio, séculos de idade os tornam assim, mas a imortalidade traz mais do que a experiência da passagem do tempo, ela traz também uma paciência infinita, uma capacidade de enxergar as coisas sob uma perspectiva que mortal nenhum é capaz. Por isso alguns dos que vem transcendendo por milênios a fio resolveram se reunir para compartilhar sua sabedoria com aqueles que estão fadados a se corromper com a passagem implacável do tempo. Nós somos o Conselho e eu sou o vampiro Sorin Markov.
Este poderoso conselho é formado pela Carol, a Leh, parceira da Carol, a Pâm, a Priih e a Tami, além de mim claro.

“Conor é um garoto de 13 anos de idade, com muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um câncer em fase terminal, a avó é uma megera, e ele é maltratado na escola pelos colegas. No entanto, todas as noites Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto. Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades através do mundo da fantasia. ”
Dirigido por J.A Bayona, com roteiro adaptado por Patrick Ness, esse filme me lembrou
imensamente o Labirinto do Fauno, assim que vi sua proposta inicial. Nessa história Conor, que se encontra entre a infância e a juventude, aquele meio termo miserável tem uma vida sofrida. Sua mãe tem uma doença terminal, seu pai é ausente, a avó é uma desconhecida e ele ainda apanha na escola. Gozado como isso se encaixa naquele estereotipo clássico, o garoto é um isolado socialmente, que sofre pacas no âmbito familiar... ele inclusive tem um talento, que é o desenho.
Pois bem, nesse processo eis que o garoto convoca um ent, um monstro em forma de arvore com a mesma voz do Aislan de Nárnia (Liam Neeson), ele narra a história e mostra como pode ser complexa a natureza das relações humanas.
O longa começa bem arrastado, isso é verdade e logo no começo os efeitos peca um bocado, mas é legal que o filme sofre uma mudança girando em torno de si que realmente faz a gente tirar o chapéu para o diretor e para sua equipe de arte. Os efeitos especiais se tornam grandiosos, há uma riqueza de detalhes, tanto no monstro quanto no cenário.
Lewis MacDougall, brilha demais, seu olhar melancólico consegue transmitir toda a dor do personagem, enquanto recebe ajuda das excelentes Sigourney Weaver e Felicity Jones, que ainda contam com uma construção na relação das pessoas e dos diálogos por parte do roteirista que vai ganhar o expectador com uma absurda facilidade. Percebam, a situação da mãe leva o rapaz ao limiar do drama e faz com que a plateia se derreta, ao passo que a avó, retratada como ‘megera’ tem a função de trazer o garoto de volta a realidade dura da vida, mas mesmo assim ela também possui seu encanto e ternura.

A conclusão final que chego é que Sete Minutos Depois da Meia Noite é um filme invariavelmente de circuito, que vai concorrer a algumas premiações maiores com sua história de partir o coração sobre um garoto velho demais para ser uma criança e novo demais para ser um homem. E talvez pelo fato de não ser mainstream ele talvez não seja tão popular, ainda assim vale muito acompanhar.


Vampiro imortal, invencível e senhor de um mundo inteiro.
"Eu vi civilizações inteiras erguerem-se e caírem, vocês mortais não são nada além de poeira para mim."

2 comentários:

  1. A premissa é, no mínimo, interessante. Acredito que seja um trabalho que possa deixar alguns ensinamentos. Pela estrutura, talvez até goste.
    Vou conferir.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de janeiro. Serão dois vencedores, dividindo 4 livros.

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    Respostas
    1. Então maninho, esse até que é um filme bem bonito pra se ver. Eu acho que vale a pena conferir

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