Salve, salve galera! LP retomando com coluna Veredito de
volta mais uma vez, provando para a crítica que nenhuma coluna fica abandonada
nesse blog por muito tempo.
No veredito de hoje eu vou avaliar, como vocês já devem ter
percebido, o filme Star Trek: Beyond ou no português, Star Trek – Sem
Fronteiras.
“A tripulação da USS Enterprise está no meio de sua missão
de cinco anos pelo espaço quando é atacada por uma poderosa espécie alienígena
desconhecida, forçando o abandono da nave. A tripulação sobrevivente fica presa
em um planeta também desconhecido sem nenhum meio aparente de resgate, entrando
em conflito com um inimigo que nutre um imenso ódio contra tudo o que a
Federação Unida dos Planetas defende e representa.”
Eu não posso deixar de achar interessante a forma como Star
Trek, principalmente esse mais novo representa figurativamente o tempo das
antigas navegações e já vou traçar o paralelo para vocês entenderem. Para
começar a gente precisar colocar os pingos nos Is. É fato que J.J Abrams fez um excelente trabalho ao
trazer a franquia de volta a vida, mas onde ele verdadeiramente acerta é quando
larga de ser diretor e passa a produção ou seja, é quando ele deixa o roteiro a
mão de Simon Pegg e do diretor Justin Lin, sendo o primeiro como rezam
as lendas um nerd trekker quase religioso, enquanto o diretor se envolve mais
de maneira emocional.
O que eu acho mais engraçado de acompanhar em um roteiro
escrito por um cara que atua no elenco é a forma como ele puxa a sardinha para
si mesmo, dando uma maior linha de diálogos para seu personagem, mas isso
acontece de maneira tão discreta e bem feita que eu comparei a sutileza do humor
britânico, onde você tem que se esforçar para perceber que está ali. Além do
toque de humor que há neste filme.
Seguindo as linhas do filme anterior onde estavam de saída
para um missão de cinco anos, aqui eles já se encontram no terceiro ano da missão e
é aqui que há o paralelo com as navegações, uma vez que isolados do convívio
com outras raças, tendo apenas a própria tripulação como companhia, o filme
retrata o que vem a ser a perda de identidade, o questionamento sobre “o fim”
do universo infinito. O plot twist vem quando eles chegam a base espacial – que
diga-se de passagem foi muito bem montada – e atendem a um chamado de socorro
que evidentemente se mostra uma armadilha. Em um bem orquestrado combate entre
a Enterprise e a nave do malvado Krell, interpretado aqui por Idris Elba, que graças a maquiagem está
irreconhecível, o capitão e sua destemida tripulação se veem obrigados a pousar
no planeta. Vale frisar a quantidade agradáveis surpresas agradáveis que nós
temos durante o desenvolver da histórias que servem para deixar a trama melhor
amarrada, o vilão mais motivado em agir daquela forma e o roteiro mais coeso.
A liberdade com a qual Pegg
tratou esse roteiro tem de ser admirada porque funcionou muito bem, nesse filme
nós vemos a trama se passar muito mais em terra, além de ocorrer uma cisão p0or
parte do que seria esperado. Os personagens acabam se dividindo em duplas e
quem diria? Spock e “Magro” acabam por ficar juntos e a coisa funciona, vale
realmente bons momentos de risada. E o toque final no roteiro fica por conta
das homenagens bem feitas, tanto a Nimoy,
quanto a Anton Yelchin que por ficar
de dupla com Kirk, acaba ganhando um maior destaque.
Bom, mas como nem tudo na vida é açúcar e caramelo, temos
que citar as parte do filmes que não são tão boas, em primeiro lugar, sabendo
como são os fãs da série, eu tenho uma péssima notícia que vocês já devem ter
visto no primeiro trailer, a nave é destruída... de novo, essa repetição as
vezes enche o saco! As cenas infelizmente são bem escuras e tem um 3D desnecessário
que não funciona bem talvez por ter sido mal executado. Do outro lado jogando
um balde de agua fria no trabalho do diretor, que é famoso por empregar uma
grande diversidade no elenco, vide seus trabalhos em Velozes e Furiosos, me
arrisco a dizer que a diversidade não vem por conta dele e sim porque desde o
primeiro filme a tripulação já tinha uma pegada multicultural.
Concluindo, Star Trek pode enfim tomar um rumo de forma que
sua vida estenda-se longa e prospera no mundo do cinema, dependendo apenas da
bilheteria, porque em termos de qualidade ele está bem garantido. Vou até
aproveitar o espaço para polemizar, bilheteria não é sinônimo de qualidade,
correto? Correto. Porém apenas bilheteria é sinônimo de continuação, vide Mad
Max, que foi um filme revolucionário, mas que infelizmente terá uma
continuação...
- Selo Coppola: Acredito eu que este é o melhor filme da nova série revivida pelo J.J, acho que para ser mais perfeito o vilão poderia ser interpretado pelo Benedict. (referencias... nunca me canso delas) Uma obra perfeita para fãs e mesmo para quem quer se arriscar por esse solo.
E aí LP!!
ResponderExcluirAcredita que não vi nem o primeiro star trek ainda?Tenho vontade de ver porque tenho um crush no Chris Pine mas ainda nem vi kk
Achei interessante isso de voce citar do humor britanico, nao sabia que funcionava nessa forma
que ator espertinho hehe
mas gostei da sua critica no geral, so preciso criar vergonha na cara pra ver ne -.- mporque acho que nao da pra ver separado desse ne KKK nem referencias eu tenho ainda poxa T.T
Vixe, a bienal foi lecal mas lembro da sua revolta quando descobriu que a popozuda lançou um livro KKKK
e varias outras pessoas - e nao consigo nem terminar de escrever o meu ainda #snif mas um dia vai!
Bem, no evento da Fabi voce vai tambem ne?
Ai ja ta tudo bom!
Um beijo!
Pâm - www.interruptedreamer.com
Pâm, você que bonito ficou o novo layout do blog? A menina que fez tem um talento que meu Deus! Agora eu precisava saber se ela quer que eu indique para conhecidos o seu trabalho...
ExcluirSobre o filme, não precisa ter visto os três primeiros não. Esse filme é bacana porque dá pra você assistir mesmo sendo bem cru na série.
E sim, a gente se encontra no evento.
bjo
Oie, LP! Primeiramente, que show que ficou o seu lay, bem clean e super a sua cara, adorei!
ResponderExcluirQuanto ao filme, eu ainda não fui conferir, mas pelo jeito tem lá seus pontos positivos e negativos, né? Odeio quando usam o 3D e efeitos desnecessariamente, um filme não precisa desse exagero pra ser bom. Mas se a história faz valer a pena, é o que importa
Respondendo o seu comentário, fiquei mega feliz por você ter curtido Caixa de pássaros, pode apostar em O menino que desenhava monstros simm! Sei qual é esse filme que você comentou, O sono da morte, mas não é a mesma história não. A do filme inclusive é menos terror ainda, o nome engana muito. Mas pode assistir também, achei legal a proposta.
Não fiz crítica de Esquadrão suicida não, até porque nem assisti ainda hahaha mas pelo que andei vendo o pessoal ficou bem dividido né entre gostar-não gostar do filme
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
Eae Carol!
ExcluirBota na conta da Pâm, foi ela quem fez todo o disgn e ainda por cima no blind, tudo que eu fiz foi falar que estava bom, porque realmente estava. Ela me conhece tanto que ficou super a minha cara.
A parte do 3D, o pessoal usa, apenas para aumentar o valor dos ingressos, porque francamente em 90% dos filmes não há nem necessidade de usar essa tecnologia. Vou ver se assisto.
Sobre Esquadrão, logo eu posto a minha crítica.
bjos
Resenha completíssima e muito bem explicada.
ResponderExcluirQuanto a este filme, não fui ainda conferir. Contudo, venho acompanhando o trabalho de sucesso do diretor na reconstrução dessa saga tão amada. Ele parece estar tomando todo o trabalho como algo mais pessoal; digo isso pela seriedade e perseverança em fazer algo que os fãs gostem.
Novamente, excelente texto.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de setembro. Serão três vencedores, cada um ganhando dois livros.
Valeu irmão!
ExcluirSim, eu tenho percebido e é bacana quando o trabalho fica na mão de quem realmente se importa com a coisa, como nesse caso.