Salve, salve galera! Me desculpem esse mês de ausência,
infelizmente meu computador deu pt e eu estava sem dinheiro pra comprar um novo.
Mas a granolina já caiu na conta, já comprei um notebook e estou de volta meus
amores.
É verdade que o mês de março foi um dos mais movimentados no que diz respeito a cinema, todo fim de semana tinha uma estreia nova. Obvio que irei tirar o
atraso e fazer o veredito de todos eles, a começar por esse que vocês já leram
no título – dã – bora lá?
“1973, Bill Randa (John
Goodman) tenta obter junto a um político norte-americano a verba necessária
para bancar uma expedição a uma tal ilha perdida. Ele acredita que lá existam
monstros, mas precisa de provas concretas. Após obter a quantia, ele coordena
uma expedição que reúne militares, liderados pelo coronel Preston Packard (Samuel L. Jackson), o rastreador James
Conrad (Tom Hiddleston) e a
fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson).
”
Vou ser bem honesto com vocês, meus leitores. Eu não assisti
Pacific Rim, na moral, mesmo eu tenho um limite do que pode se considerar
“brega” e Círculo de Fogo ultrapassa. Porém eu assisti Godzilla e até gostei,
embora seja um filme muito escuro e o monstro gigante apareça bem pouco. Resolvi dar uma chance a King Kong pelo simples fato de ser um filme que prometia mais
tempo de tela para o verdadeiro astro, o gorila.
Para começar falando do diretor, me vejo obrigado a
concordar com o omelete que o descreveu como uma versão soft porn do Zack
Snyder... E até em termos de vender seu peixe no estúdio, já que o cara só
tinha um filme no currículo e ainda conseguiu convencer a Warner a deixa-lo
dirigir esse. Tanto verdade que o cara insere no filme toda uma homenagem a
cultura pop moderna, altas doses de referências a Apocalypse Now, cultura
japonesa, games, quadrinhos...
E a estética do filme galera, está impecável, os efeitos são
muito bons, o Kong consegue se manter bem linear no tamanho dele. Logo a
primeira cena do filme é de cair o queixo e mostra o naipe do que vamos
acompanhar. O embate entre o japonês e o americano, ao fundo um sol quase
avermelhado, sendo encoberto pela cabeça gigantesca de um macaco. Eu fiquei
tipo: “Fuck! Que incrível! ” E todas as aparições do gorilão seguem a mesma
receita incrível, seu embate contra os militares que revela um jeito divertido
de mostrar a violência, sem muita escandalização.
Da pra ver que o diretor não é nenhum pouco focado no drama,
alias a condução do filme se dá de maneira tão simples, com a narrativa se
intercalando entre heróis e vilões, ao passo que a parte humana se detém numa
busca e regate, mas é interessante notar que toda essa simplicidade na
resolução dos problemas acaba ajudando no decorrer do filme, visto que torna
menos poluído e cansativo deixando você se concentrar mais no Kong.
Talvez a maior fraqueza do filme esteja no fato de que o
elenco de suporte seja muito mais trabalhado do que o suposto elenco principal,
composto pelo Tom Hiddleston e pela Brie Larson de forma que eles são
dispensáveis para o andamento da história, por assim dizer. Por outro lado os
personagens secundários são infinitamente melhores, com piadas internas e um
certo drama que une os jovens soldados na expectativa de voltar para casa.
O próprio Samuel L.
Jackson está com o arquétipo básico de vilão, um soldado que só sabe lutar,
só conheceu a guerra e se sente sem propósito quando esta acaba, ao mesmo tempo
em que é protetor com seus garotos não deixando que nenhum dos seus soldados
fiquem para trás.
A gente sabe que o filme é um blockbuster leve e despretensioso
que tenciona iniciar uma franquia e que pretende empolgar pelos exageros, e
sinceramente, consegue, quero dizer no final do filme nos vemos o Kong usando
ferramentas como armas, nesse momento eu confesso que fiquei até sem palavras.
- Selo James Cameron (3/5) A gente meio que sabe o que esperar desse filme, que ele vai ser bem raso no roteiro e vai pisar fundo nas cenas de ação e nos efeitos especiais, mas ainda assim dava pra ter se aprofundado um dedinho ou dois nos personagens do Loki e da Capitã Marvel, será que não dava não?