Salve, salve galera. Foram dois meses longe de vocês, muito
tempo eu sei, mas houve uma razão para isso. Eu sou o maior e mais poderoso
homem de toda a Terra e como tal as vezes me vejo diante de ameaças, perigos que preciso
enfrentar para manter a segurança de todos. Por isso estive ausente,
infelizmente, enquanto estive fora a Liga da Justiça também freou suas
atividades, culpa minha eu deveria saber que não sou humano, sou Superman, logo eu devo sempre dar o exemplo já que todo mundo acaba mirando em mim,
todos ouvem o que tenho a dizer. Se lhes disser para lutar eles vão lutar, mas
precisam ser inspirados e preciso aceitar os fatos, não poderia inspirar ninguém
morto. (Trecho adaptado de Crise Infinita)
Pois bem, minha primeira atividade no retorno é a de abrir
comentários ao último filme de super-heróis lançado, eu sei que vocês esperam
que eu fale de Capitão América e farei isso em um evento bem especial, mas hoje
fiquemos com o filme que também é da Marvel, onde dividirei nos moldes de
Batman vs Superman, falarei do roteiro dos personagens explicarei a cena pós
credito e a participação especial do Wolverine que estão correlacionadas: X-Men, Apocalypse.
“Também conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac) é o mutante original. Após
milhares de anos, ele volta a vida disposto a garantir sua supremacia e acabar
com a humanidade. Ele seleciona quatro Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o
professor Charles Xavier (James McAvoy)
conta com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye
Sheridan) e Noturno (Kodi
Smit-McPhee), além de caras conhecidas como Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Nicholas
Hoult) e Mercúrio (Evan Peters),
para tentar impedir o vilão.”
Roteiro: É interessante observamos que esse filme
mantem o retorno da base criativa do começo da franquia dos X-Men, com Brian Singer e Simon Kinberg, dupla que participou da concepção dos primeiros
filmes. Essa franquia de filmes, galera, pra quem já leu meu
segundo Pega a Pipoca no blog da Pâm, vai saber que é uma das mais confusas em
termos de linha temporal, que sofre reboot, desboot e contraboot nos seus seis
filmes e a única coisa que nós temos certeza em todos eles é que o Hugh Jackman vai ser o Wolverine. Mas
verdade seja dita, o primeiro filme da nova trilogia até que é bom, o First
Class que traz uma nova leitura de personagens, bons atores em papeis bacanas,
de longe ele foi o melhor filme, pulando para o segundo em ordem o Dias de um
Futuro Esquecido tem o papel mais importante de todos, reiniciar a franquia e
como todos nós sabemos, nada como viagens no tempo para desfazer erros do
passado. E o filme é bom, não fosse a maldita cena final da Mística resgatando o
Logan que deixa tudo confuso de novo. Agora cabia a esse terceiro filme a difícil
missão de não cagar com tudo e até consegue, mas infelizmente deixa aquele
gostinho de “podia ter sido melhor. ” A gente já pode começar com uma piada
muito bem feita em que a Jean afirma que o terceiro filme é sempre o pior, numa
referência clara ao Confronto Final e inconsciente, tenho certeza, a esse mesmo
filme que também é o terceiro da nova era.
Vale então destacar que esse não traz um toque a mais
em seu roteiro, apenas se utiliza como apoio do Primeira Classe, onde inclusive
traz além de personagens, um flashback ou outro relembrando de algumas cenas ou seja,
um feijão com arroz bem básico. Ressaltando também que Singer, sabe como poucos fazer uma cena solo de ação, vide a do
Noturno em X-Men 2, mas o diretor peca bastante no trabalho de equipe, o que
acaba deixando tudo meio capenga. É um pouco chato porque eu não vejo como
falar do roteiro dessa bagaça e é difícil vocês acharem, mesmo nos grandes
portais alguém que faça isso, porque o roteiro é bem simples, sem ambição, ele
apenas recicla as coisas que deram certo e fica ok, nada demais, entendem?
Atores: Aqui sim pode render alguma coisa pelo
simples fato de ter uma porrada de novos personagens e eu evidentemente vou dar
enfoque apenas aos jovens, porque todo mundo sabe o que eu acho do McAvoy, Fassbender e como eu não gosto da Jennifer Lawrence no papel de Mística, pelo fato de ela ser estrela
demais, sei que isso não é culpa dela, mas acaba atrapalhando, vejam que nem
vilã ela é, pelo amor.
Tye Sheridan: Interpretou
o Ciclope, se pegarmos como parâmetro apenas o primeiro, esse novo ator deveria
ganhar um óscar, conseguiu transmitir a confusão de um Scott ganhando os
poderes, deveria assumir o papel de líder dos mutantes, mas em razão da Mística
acabou por ficar ligeiramente em segundo plano nesse quesito, precisa ser um
pouco mais coxinha pra ficar como o Ciclope dos quadrinhos, mas estou mais
satisfeito porque o diretor garantiu que essa vai ser a última versão do
personagem.
Sophie Turner: Se
pudesse descrevê-la em uma expressão, com certeza seria “sem sal”, talvez seja
porque ela é jovem, ainda tem o que aprender, mas eu não consegui sentir a
dor, a angustia que ela deveria passar por ter a força fênix dentro dela e o
primeiro contato com o vilão Apocalipse, infelizmente como tudo nesse filme ela
foi apenas mediana.
Alexandra Shipp: Em
termos de construção de personagem, evolução de arco e interpretação eu
acredito que ela seja a melhor, eu adorei a personagem, o estilo o
envolvimento, ainda achei que a motivação foi fraca, culpa do roteiro, mas
particularmente eu gostei da atriz.
Kodi Smit-McPhee: Indo
contra a opinião geral, eu não odiei esse personagem, na verdade eu gostei
bastante pelo simples ar diferente que foi dado a ele, ainda que mantendo a
base bem religiosa e vinda de uma terra distante que ele possui.
Oscar Isaac: Eu
gostei da proposta do vilão, na real, o que se via dele nos quadrinho ficaria
um lixo nos cinemas, porque nas HQs ele nada mais é do que um tanque de guerra,
pelo menos essa visão do personagem, tentaram abordar um lado mais psicológico,
como uma espécie de líder de culto e ao meu ver, eles conseguiram, desde os
primeiros minutos onde ele é traído por seus seguidores, até o momento final,
onde ele mesmo se considera um deus e pai de todos os mutantes. Eu acredito que
na proposta que lhe foi dada o ator e o vilão estavam bem.
Olivia Munn e Ben Hardy:
Deles só posso dizer que a caracterização estava boa, porque se substituíssem
eles por cones, ninguém iria notar.
Evan Peters: Guardei
o melhor para o final simplesmente porque esse virou o personagem que desafoga
o filme, onde recebe uma cena inteira só para ele e surpreende a todos porque
pode ser um personagem com um grande potencial, diferente de sua versão Disney,
que cá entre nós não merecia outra coisa que não a morte.
Cenas:
- Vou começar falando da volta do Wolverine: Basicamente o que temos nos rápidos minutos em que ele aparece é um fan service, onde nos podemos ver uma referencia direta a aparição dele nas HQs da arma X, esqueçam o Origens, o certo era pra ele ser daquele jeitão mesmo, meio animal sim, violento ao extremo, com aqueles parafusos no corpo, só a mascara que devia cobrir toda a cara dele, mas sabemos que o Hugh está para X-Men, assim como biscoito Calypso está para torta holandesa, não importa de quem seja a receita, a gente só que ver uma bem ali em cima, no meio do doce.
- A parte da cena pós créditos eu tenho certeza que muita gente não entendeu, né? Então, a Essex Inc. É a empresa do Nathaniel Essex, mais conhecido como Senhor Sinistro, um humano modificado geneticamente que recebeu poderes do Apocalipse. Mas mais importante, ele é um geneticista que é especialista em clonagem. Agora para quem não entendeu eu vou ligar os pontos, sangue do Wolverine, especialista em clonagem e o que nós temos? Isso mesmo X-23, clone do carcaju e provável substituta dele nos filmes e o que isso significa criançada? O próximo Wolverine pode ser mulher!
Eu gostaria de falar mais desse filme, mas infelizmente ele
é um filme bem mais ou menos e que não tem muito a se falar.