segunda-feira, 20 de novembro de 2017

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis entre nós, para nos lembrar que apenas do medo, vem a coragem. Que apenas da escuridão, podemos verdadeiramente sentir a luz.
Recebi o chamado da torre de vigilância, então ressurgi dos mortos apenas para falar da maior reunião de super-heróis de todos os tempos. Sim meus amigos, depois de anos de espera a Liga da Justiça se reúne nos cinemas e como fundador do grupo homônimo dos blogs, não podia ficar de fora desse evento.
A Liga da Justiça dos Blogs é composta pela Alê, Carol, Clay, Juju, Pâm, Teca, Tami e por este símbolo de esperança que vos escreve.
Quem já vem acompanhando os posts da LJB sabe como eu costumo fundamentar meus textos. Esse talvez saia ligeiramente diferente pelo fato de ser a reunião da Liga, algo pelo qual viemos esperando a tempos, logo vai ter explicação pra caralho, spoiler pra caralho, então se prepare que já vamos começar.
“Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de altruísmo de Superman, Bruce Wayne busca a ajuda de sua nova aliada, Diana Prince, para encarar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar um time de metahumanos para encarar essa ameaça recém-desperta. Mas apesar da formação dessa liga sem precedentes de heróis - Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Ciborgue e Flash - talvez seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas.
Roteiro: O primeiro ponto importante a se identificar em Liga da Justiça é o fato de que houveram dois diretores e por consequência, mais de um roteirista. O primeiro foi o divisor de opiniões Zack Snyder, o segundo foi o aclamado diretor de vingadores Joss Whedon. E aqui começa o primeiro problema. Vejam, se cada um tivesse feito a sua na boa, é provável que nós tivéssemos o filme de heróis perfeito, com diálogos escritos de uma maneira a humanizar os personagens, ao passo que haveriam problemas que seriam resolvidos em três ou quatro linhas de fala. Enquanto as cenas de ação seriam épicas e inesquecíveis. Mas não foi isso que rolou. Eu não sei se a culpa é do Whedon ou se foram os estúdios que meteram a mão, mas não só as falas foram mudadas, como as cenas de lutas foram picotadas e desprovidas daquela sensação de sequência que o Zack conseguia transmitir tão bem e então o que vimos sendo composto em tela foi algo mais ou menos parecido com Esquadrão Suicida, onde pequenas cenas fechadas se sobrepõem como uma colcha de retalhos. Nós não seguimos a mente de um personagem durante muito tempo, o que pode acarretar em incomodo para a maior parte do grande público.
No que toca o roteiro em si, nós temos a história do novo deus, Lobo da Estepe perseguindo as caixas maternas* pra sua conquista mundial. Logo, as caixas maternas são o MacGuffin** da trama. Bom, os novos deuses são uma criação do filho da Marvel, Jack Kirby quando ele se rebelou e resolveu fazer casa na DC. Os novos deuses são uma raça alienígena avançada e poderosa que surgiu depois do primeiro “fim do mundo”. Eles se dividem basicamente em dois planetas, Nova Gênese, que é governada por Izaya, o pai celestial e Apokolips, atualmente governada por Darkseid.
Infelizmente existe logo no core central da historia o que poderia ser entendido como “marvelização” de um filme. Pensando apenas no decorrer da trama, o que nós temos é uma simplificação do vilão em seus objetivos, recuperar as caixas maternas e destruir o mundo, enquanto um grupo de cinco heróis tenta inicialmente detê-los sozinhos e descobrem que não são páreo pra ele. Se você não conhecer necas de quadrinhos essa história será ok, talvez enfadonha devido ao fato de já ter sido usada a exaustão.
Outro agravante para a Liga da Justiça está na montagem final da trama, eu na verdade achei os personagens bem escritos e seus plots simples e fáceis de entender. Ajuda se você já tiver uma base, mas aceitar não é tão difícil. Como espectador o que incomoda mesmo é que dá pra perceber nitidamente onde está a mão de cada diretor, falas que claramente destoam de momentos específicos, combates que tomam um rumo e de repente são cortados e seguem para outro totalmente diferente, tudo isso é o maior prejudicial do filme.
No quesito tom, o que vemos é uma mudança completa no que havia em Batman v Superman: a Origem da Justiça, não posso dizer que ele sofre dos mesmos problemas dos filmes da Marvel, mas também não posso dizer que ele passa incólume... Sinceramente, não venham me dizer que alguns filmes se assumem como piadas escrachadas e tem de ser respeitados por isso e ter seu mérito reconhecido, essa desculpa não cola. Veja Thor Ragnarok por exemplo, você jura pra mim que vai ver todo um planeta ser destruído e vai fazer piada? Jura mesmo? Esse corte de efeito dramático ocorre apenas uma vez em Liga, o que eu já acho demais.
Atores:
Ben Affleck: Na sua primeira aparição eu tive certeza que ele era o melhor Batman de todos, ainda acho. Muita gente diz que a mudança não condiz com o que se espera do personagem, na verdade eu discordo um pouco. O humor do Batman não é nem de longe aquele de “tiozão” que os brasileiros apontaram, na 3ª vez que fui ver o filme no cinema, a sensação que me passou foi a de um Batman com tiradas cínicas, hipócritas talvez, um senso de superioridade que se aproxima do homem de ferro, mas sem ser tão ofensivo.
Gal Gadot: A nossa mulher maravilha faz aqui seu papel tão bem quanto no filme solo ou mesmo no primeiro filme que ela aparece. Inclusive, graças ao diálogo, nós conseguimos entender que ela não fica ausente por 100 anos, ela apenas tem medo de dar a cara a tapa e perder mais alguém, como perdeu o Steve Trevor.
Ezra Miller: Um personagem mais polêmico, alguns gostaram, outros detestaram ao passo que um amigo me disse que ele carrega o filme nas costas. Bom, eu entendo o que o Whedon quis fazer com ele. O Flash é a criança que se deslumbra com os acontecimentos, que serve como ponte entre os eventos do filme e o público que está acompanhando. Mas vejam, eu disse que entendo, não disse que aprovo. Percebam, algumas vezes os excessos do Ezra ficaram cansativos e por pelo menos três vezes atrapalharam o andamento da cena. Eu gosto dele, acho um bom ator que inclusive tem umas das cenas mais memoráveis, a cara que ele faz quando o Superman mostra que pode acompanha-lo, quanto mais eu penso, mais eu adoro. Mas com certeza o segundo diretor poderia ter aliviado a mão.
Ray Fisher: Coadjuvante de luxo, eu sei, mais pra baixo eu explico o porquê isso não ser de todo mal. Mas gostei muito da fidelização com o personagem, onde até entrar para a Liga ou Jovens Titãs no caso, ele era atormentado, vítima de sua condição causada pelo seu pai. Gostei da frieza mecânica que o Ray trouxe ao seu personagem. Outro ponto positivo está nos diálogos e na parte gráfica do Cyborg, tudo ficou muito bem feito, um arco rápido, mas muito bom.
Jason Momoa: Aquaman, esse ficou nítida a sensação de que havia muito mais dele no filme, do que foi verdadeiramente entregue, talvez seja, juntamente com o Flash aquele que mais desaponta, estava nítido que ele se recusaria a entrar para a equipe (aparece isso no primeiro trailer) e que seria muito mais marrento. Ele está poderoso e talvez em seu próprio filme, com apenas um diretor, será mais fiel a uma ideia, porém deixou muito a desejar.
Henry Superman Cavill: Tal como Jesus ressuscitou ao terceiro dia, SuperCavill ressuscita no 3º filme. Superman é o MacGuffin dos heróis quando estes percebem que não serão capazes de dar conta da ameaça. E sim galera, eu sou um grande admirador do trabalho do Cavill, do seu Superman e esse filme foi mais um acerto para conta dele. Ele demonstra poder, conseguindo segurar a Liga inteira sozinho, raiva, ao se deparar com o Bruce logo após a ressurreição e otimismo, salvando todos que pode lá na Rússia e fazendo algumas piadas, inclusive fazendo a cena clássica de rasgar a roupa e exibir o S do uniforme. Creio que todo esse arco evolutivo foi ideia do Zack desde o Homem de Aço, embora eu tenha certeza que o caminho seria muito mais pedregoso se não fosse a intervenção do estúdio. Acho que disparado o Superman foi o ponto alto do filme.
Lobo da Estepe: Sim, ele merece uma ponta só para ele porque há muito que eu preciso explicar. Pois bem, nas histórias que envolvem os novos deuses eles vem a Terra apenas para procurar a equação antivida, um poder ancestral que dará controle absoluto para que o portar e Darkseid o soberano de Apokolips acredita que o livre-arbítrio dos humanos tem algo a ver com isso. A primeira vinda do Lobo, onde ele traz não apenas um vasto exército de parademônios como também naves de batalha e generais seria a mando de seu soberano e sobrinho. Porém, com a reunião de deuses e heróis, além de um exército digno de O Senhor dos Anéis, ele acaba sendo derrotado e expulso do planeta. Na segunda vez que ele decide atacar, ele já não conta mais com o apoio do seu planeta natal, visto que ele diz que recuperara seu lugar junto aos novos deuses, isso explica porque não precisou daquele enorme exército para enfrenta-lo, já que ele não contava com todo o apoio que tinha antes, apenas alguns parademônios e nada mais. Não posso dizer que me desagradei do vilão, porque conheço seu arco e entendi sua motivação, mas entendo quem o achou pouco complexo.
Easter eggs:
Lanterna Verde: Pois é galera, finalmente temos uma aparição real de um membro das tropas dos Lanterna Verde e inclusive do seu anel. Não é um membro humano, mas é muito bom ver que eles vão realmente abordar esse personagem.
Darkseid: Acredito que mesmo antes de seu nome surgir pela boca do Steppenwolf eu sabia que ele iria chamá-lo. Eu duvido que ele será um vilão do segundo filme, mas é muito bom saber que a ameaça real já foi decretada.
Linguagem de Sinais: Confesso que quando o Barry citou esse como um de seus interesses eu curti muito já que essa é uma provável referência ao Gorila Grodd, um de seus inimigos mais icônicos.
Pós Créditos:
O filme conta com duas cenas pós créditos, obviamente obras do Joss Whedon, a primeira é apenas uma piada, uma referência clássica a um acontecimento recorrente nas histórias em quadrinhos. A segunda por sua vez traz uma possibilidade muito boa para a Liga da Justiça 2, já que vemos Lex Luthor e o Exterminador do Joe Manganiello reunidos e discutindo a possibilidade de formarem sua própria Liga, uma referência a algumas formações clássicas de vilões, que podem ser os inimigos deles num futuro não tão distante.

No fim das contas Liga da Justiça não é um filme ruim, porem está longe daquilo que era esperado dele. Os maiores problemas residem justamente na mão desajeitada de Joss Whedon no lugar de Zack Snyder. Alguns excessos provocados por este último diretor e picotadas na trama em geral.
* As caixas maternas são um computador vivo, criado pela tecnologia dos Novos deuses. A Caixa Materna está vinculada ao usuário e se comunica psiquicamente com ele.

**MacGuffin é um dispositivo do enredo, na forma de algum objetivo, objeto desejado, ou outro motivador que o protagonista persegue, muitas vezes com pouca ou nenhuma explicação narrativa.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Veredito: Valerian, e a Cidade dos Mil Planetas

Salve, salve galera! Sim, seu amado e querido Superman retornou dos mortos...
Na verdade, minha ausência pode ser explicada pela soma de dois fatores distintos, primeiro: julho já é um mês em que Hollywood costuma a ficar mais parada no lançamento de filmes, pelo menos nos grandes sucessos que costumam aterrissar em terras tupiniquins. Segundo é que eu tava com uma preguiça do caralho pra voltar a escrever.
Agosto já está entre nós faz um tempinho e a verdade é que houveram pelos menos dois lançamentos que eram sim dignos da minha atenção, Baby Driver e o ultimo Planeta dos Macacos, porém, somente agora dia 10, é que estreou algo que verdadeiramente me chamou atenção.
A realidade é que mais do que chamar atenção, esse filme falou comigo e normalmente quando fazem isso eu dou ouvidos. Então é isso ai galera, estou de volta e trazendo até vocês Valerian The City of a Thousand Planets ou em português, Valerian, e a Cidade dos Mil Planetas.
“Século XXVIII. Valérian (Dane DeHaan) é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline (Cara Delevingne), por quem é apaixonado, em defesa da Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergalácticos. Quando chegam no planeta Alpha, eles precisarão acabar com uma operação comandada por grandes forças que deseja destruir os sonhos e as vidas dos dezessete milhões de habitantes do planeta. ”
Mano, aqui pra nós. É sempre foda ter que ver esse tipo de filme nas telas. Ele sofre exatamente do mesmo problema de Ghost in the Shell e vários outros trabalhos, onde a gente vê que a história de origem é super importante, mas agora até parece estar copiando o material que influenciou.
Ah, não sabe de onde vem esse filme? Busque na internet...
O mais importante aqui pra começar é saber que o filme conta com a direção de Luc Benson, sim, aquele cara do 5º elemento, que é um filme adorado por todo mundo que assiste e que surpresa, bebe dessa mesmíssima fonte. É foda, porque logo de cara a abertura do filme, além de mostrar bem o que o diretor quer passar, ela é bem-feita demais, autoexplicativa, tem David Bowie e define a direção em que nós evoluímos.
Sim, o filme tem conceitos que a gente já viu em vários lugares, mas como material de origem de tantas coisas ele vai além, muito além e traz possibilidades incríveis, infelizmente ele comete um erro fatal, a história possui tanto excesso de detalhes e informações que acabam tirando muito o peso do que está acontecendo e passando uma sensação de "encheção" de linguiça, o que é estranho porque o filme também passa a sensação de ter muita coisa interessante para se abordar.
E, sim, a história é simples, ainda assim não chega a ser ruim, só que não é bom também. Vejam, um dos defeitos que já dá para apontar logo de cara é o péssimo desenvolvimento dos dois protagonistas. Eu tive o feeling de que o diretor correu com tudo, porque não tinha certeza de que esse filme arrecadaria grana para virar uma franquia, então ao invés de tentar fazer uma relação que abre e fecha nela mesma, mas que tem espaço para se desenvolver no futuro, não, ele mata tudo em um único tiro.
Não concordo com a crítica que vê esse filme como enfadonho, depois de um ponto devido a esses mesmos excessos, uma vez que para mim esses excessos são bem pontuais, ocorrendo apenas em dados momentos em que você poderia dizer que dava para passar sem aquilo. Para este que vos fala, o maior problema mesmo está na trama fit que se desenrola sem muitas expectativas.
Do lado das atuações, não dá para elogiar, mas também não tem como reclamar, uma vez que ela se limita a uma passagem nem fede nem cheira, sabem? Dane DeHaan que faz nossos heróis tipicamente cafajeste, habilidoso e com uma posição superior a Cara não impressiona, assim como a própria ex-modelo que também parece bem mal temperada. Ao passo que Rihanna não pode de forma alguma ser chamada de atriz.
Contudo, se há algo nesse filme que faz com que tiremos o chapéu, sem dúvida nenhuma são os efeitos, é a parte técnica. A cena de abertura do planeta, a construção das raças, da cidade dos mil planetas impressionam de uma forma que eu posso afirmar sem medo. Este é um dos trabalhos mais sublimes que eu já tive o prazer de pôr os olhos. A quantidade de objetos expostos, as cores, de fato ele faz com que valha a pena você gastar seu suado dinheirinho assistindo em 3D, 4D, IMAX ou o que for.
Eu confesso que fiquei sem palavras, tanto na cena do planeta costeiro, com suas maravilhosas praias de cores deslumbrantes. Quanto a cena de perseguição na cidade em outra dimensão, onde somos agraciados com um dos conceitos mais geniais e transportado de maneira magistral para as telas.
Minha avaliação final é que falta um senso de ameaça e urgência que o trailer conseguiu dar mais do que o filme em si, porém de alguma maneira bizarra, a estética e os conceitos potenciais do filme até conseguem compensar.
Sim, eu sei que você é um preguiçoso e não foi procurar nada sobre essa obra, então aqui vão algumas informações:
“É baseado na clássica saga de histórias em quadrinhos ‘Valerian et Laureline’, escrita por Jean-Claude Mézières e Pierre Christin. ”
“Valerian completa em 2017 seus 50 anos de existência. Sim, mais antigo que Star Wars! ”

  • Valerian é tipo aquele(a) namorado(a) psicótico(a), que tem algum tipo de atrativo que te impede de terminar com ele(a). Sexo gostoso, altamente inteligente... Você até consegue manter por um tempo graças a compensação, mas rapidinho desanda. Selo Cameron (3/5)


segunda-feira, 19 de junho de 2017

LJB: Mulher Maravilha

Nós nos erguemos para proteger os humanos. Porém, esse é o problema de se lutar pela verdade e justiça, as vezes parece que a luta não acaba. Ainda assim um dia a batalha sem fim vai se encerrar e não haverá mais ninguém para cobrar justiça.
Estive fora por todos esses dias devido a uma doença. Que já está no passado e agora eu me reúno mais uma vez a Liga da Justiça para falar do último lançamento da DC, Mulher Maravilha.
A Liga da Justiça dos Blogs é composta pela Alê, Carol, Clay, Juju, PâmTeca e pela Tami e por este símbolo de esperança que vos escreve.
E finalmente a DC pode se ver livre das perseguições desaforadas do Rotten Tomatoes, o que não é definidor, mas ajuda um bocado uma vez que este tem 92% no tomatometro, o que quer que isso signifique. E aproveitando a boa maré, o post de hoje será dividido em atuação e roteiro e alguns easter eggs, porque não pode faltar.
“Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.”
Roteiro: Eu confesso que tive muito receio com relação a esse filme. Pra começar eu sou fã da DC, sempre fui e sempre serei, o problema é que a Warner Bros é uma empresa e como qualquer empresa precisa gerar lucros se quiser sobreviver. Eu adoraria que ela continuasse com seus filmes inteligentes, ousados e dark, porém o grande público não fica agradado e não vai ao cinema o que não gera receita. A Warner precisava se reinventar de alguma forma e escolheu um filme não muito fácil para isso.
Nós sabemos da representatividade que existe nesse filme e o peso que ele carregava, pelo simples fato de que se falhasse, os filmes com protagonistas femininas seriam novamente jogados ao limbo em ambas as editoras. Se vocês derem uma rápida pesquisa na net verá que o roteirista que encabeçou tudo isso é o novo deus da detective comics, Geoff Johns e vou reiterar isso quantas vezes for preciso, esse cara vai levar a gente ao nosso merecido lugar.
Sim o roteiro é simples. Sim, ele faz uso de uma formula de história de origem bem conhecida por todos e por isso acho difícil alçar esse como a melhor adaptação da Warner não chamada O Cavaleira das Trevas, com certeza é a mais coerente e encanta pela simplicidade, agora melhor? Acho os acontecimentos do roteiro todos bem justificados, desde o amor dela pelas batalhas que só aumenta por ser superprotegida, até a descoberta dos poderes e sem dúvida a necessidade de partir atrás do Steve pra caçar o deus da guerra. E a gente tem de enfatizar que existe sim uma diferença de tom entre esse filme e Batman v. Superman e nem digo na paleta de cores, já que isso não influencia tanto quanto você ver o vilão enfiando uma lança no peito do protagonista que sofreu o filme inteiro por ninguém acreditar nele.
Neste filme Patty Jenkins bebeu muito da fonte do Superman de 1978, uniu com um elenco bem diversificado, tanto na ilha paraíso, quanto em meio aos homens e isso contribuiu e muito para a conexão de quem assiste com o que está rolando na película. E o melhor é que cada um dos elementos do filme casa bem com a história, estando todos orbitando em torno da guerra que é o que molda de fato o caráter da Diana, talvez no fim das contas o grande contraponto da heroína tenha sido a primeira guerra mundial e não Ares, que infelizmente em conjunto com a Dra. Veneno e o general Ludendorff ficam um pouco abaixo do longo cardápio de grandes vilões que o estúdio costuma apresentar.
É galera, vale ressaltar as cenas de comedia que o filme possui e que na verdade funcionam que é uma beleza. Não no padrão Marvel que tem a péssima mania de enfiar tantas piadas no roteiro que acabam prejudicando o andamento do clímax do mesmo. Ao passo que tem de se destacar a maneira com a qual a diretora leva a historia da ilha paraíso, um lugar idílico, colorido e belo, para o reino dos homens.
Perguntas: Se ela termina o filme acreditando no amor, porque ela não nos ajudou na segunda guerra?
E vocês se lembram do meu funeral lá em Batman vs Superman? Ela diz ao Batman que os homens fizeram um mundo onde ficar juntos era impossível, como diabos ela fala isso, depois de acabar o filme acreditando no amor?
Personagens:
Gal Gadot: Não, eu não vou ficar falando aqui que ela lacrou, que ela é diva e blá, blá, blá porque eu nem considero isso elogio de gente. Mas sim, a Gal deitou no papel, não tem como negar pelo simples fato dela ter entregue duas personagens distintas tanto no BvS quanto no seu filme solo. Sendo em um mais cansada, mais desgastada e no outro mais ingênua, além de fisicamente conseguir representar bem o que nos vemos em diversas mídias, como nos desenhos animados e em varias HQs. Isso sem contar
Chris Pine: A gente precisa salientar em como a química entre os dois está absolutamente fantástica nesse filme, além da fidelidade na história dele, Pine ainda entrega um Steve Trevor digno dos quadrinhos e mesmo da animação do desenho da Liga (ainda que apareça em apenas um episódio) como um intrépido piloto que por já ter visto tantos horrores torna-se um pouco cínico.
Tanto Danny Houston quanto David Thewlis e a própria Elana Anya, aparentam ser apenas peças de um motor que realmente se opõe ao otimismo da Mulher Maravilha, de forma que a impressão que fica é que suas atuações são pontuais apenas para incrementar o horror do que é a natureza humana.
Easter Eggs:
Origem: Tal qual nos quadrinhos dos Novos 52, Diana também é uma semideusa aqui, filha de Zeus com a rainha Hipólita.
Ann Wolfe: Sim, ela é uma boxeadora negra, mas esse não é o ponto. O ponto é que ela é uma amazona de nome Artemis e foi dito que em Liga da Justiça, a deusa da caça homônima tem o físico descrito de forma bem parecida com a atriz. Agora o ponto: Se Ares matou todos os deuses, como Artemis sobreviveu se ela for mesmo a deusa? Bom isso abre espaço para a possibilidade de os deuses voltarem.
Superman de 78: Sim meus amigos, esse filme bebe bastante da fonte otimista que foi o Superman do Reeve, tanto na cena do beco, quanto no visual com óculos e com o chapeuzinho que ele usa quando está disfarçado de Clark.
Uma pergunta as lindas mulheres que viram esse filme, mas sejam sinceras.
Vocês gostaram dele pela qualidade ou apenas por representar vocês na grande tela?
E não galera, simbolicamente Mulher Maravilha foi grande, mas ela não salvou o DCEU, pelo menos não em termos de bilheteria, a responsa está nas costas da Liga da Justiça, mas o cara ai de cima sabe o que faz.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Conexão Hollywood: Liga da Justiça

Salve, salve galera! LP chegando hoje com a coluna conexão Hollywood.
Infelizmente o post de hoje é para tratar de uma tragédia, a saída do diretor Zack Snyder e de sua esposa e produtora Deborah Snyder do filme Liga da Justiça devido ao suicídio de sua filha de 20 anos Autumn, do primeiro casamento com Denise. Sua filha cometeu suicido ainda no mês de março, porem apenas agora, com o filme precisando passar por refilmagens em Londres é que a notícia veio à tona. Tentarei esclarecer ao máximo o que rolou.
Semana passada saiu um rumor de que Liga da Justiça passaria por severas refilmagens, a ponto de que seriam gravados dois filmes neste intervalo de tempo. Todo mundo sabe que basicamente tudo o que envolve o universo da DC vira notícia e que em sua maioria essas notícias são rumores de alguma forma negativos. E dessa vez não foi diferente. A notícia das refilmagens não é de toda infundada, na verdade muitos filmes passam por isso durante seu processo de construção, a exemplo tem o próprio Vingadores: Era de Ultron, acontece que motivado pela tragédia familiar, Snyder ficou impossibilitado de ir até as locações do filme na Inglaterra para fazer as mudanças necessárias nas cenas.
Fiquei triste em ver como ele estava receoso da reação da internet que convenhamos, consegue ser bem filha da puta e mesmo assim ele estava lá, tentando fazer aquele filme que os fãs merecem. Vale lembrar também que houve toda a premier envolvendo a Mulher Maravilha e o cara estava lá, todos os dias, com a cabeça erguida e sorrindo para as câmeras e para os fãs, isso demonstra o profissional que ele é e o amor que ele sente por fazer o que faz. Independente se gostam de seus filmes ou não isso tem que ser reconhecido, ele dá o seu melhor e ama o que faz.
Na mesma entrevista dada para o Hollywood Reporter nós ficamos sabendo que o diretor convidou ninguém menos que Joss Whedon, que estava encarregado do filme solo da Batgirl para terminar o filme. E aqui vamos esclarecer algumas coisas.
Para começar a escolhida não foi a Patty Jenkins pelo simples fato de que ela é estreante no mundo dos heróis, ao passo que Whedon trouxe a vida simplesmente o principal filme do universo Marvel, Os Vingadores.
Depois, para aqueles que não sabem, o diretor é famoso justamente por fazer um serviço neste estilo. Muitas vezes sendo contratado para fazer correções em roteiros sem fazer com que ele perca sua essência principal e nós sabemos, Snyder é um diretor com uma marca registrada bem forte. Acredito que o que veremos nessas refilmagens de Liga sejam apenas uma maior interação e apresentação dos personagens. Eu duvido e muito que vejamos mudanças em cenas de ação, pelo simples fato de que não há diretor a altura de Zack para esse trabalho. O que deve ocorrer, talvez seja uma reescrita nos personagens, seu comportamento em momentos em que todos estarão juntos discutindo seu próximo passo.
Pois é galera, uma vez que uns 80% do filme já está finalizado, eu apenas poderei imaginar o quais os conteúdos dessas cenas a serem regravadas... O retorno do Superman? A troca de liderança? Quem Snyder na porrada da equipe ao passo que Whedon faz as cenas de interação? Ia ser maravilhoso.
sabe. Estou secretamente rezando para que haja uma interação entre os dois numa vindoura segunda parte da Liga da Justiça. Vocês conseguem imaginar?
Agora para nós resta desejar toda a força do mundo para Zack Snyder e esperarmos para ver o que vai acontecer com a Liga da Justiça da América, mas não se esqueçam, a maior parte do credito ainda é do seu primeiro diretor.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Veredito: Fragmentado

Salve, salve galera! Manda LP aqui finalmente tirando atraso das postagens do emblemático mês de março, que teve estreias tão icônicas que realmente merecem minha atenção com posts exclusivos. E no post de hoje vamos falar do filme do Shyamalan, Split ou em português, Fragmentado.
“Kevin (James McAvoy) possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar. ”
Gente, pensem em um filme foda! O filme tem o roteiro e a direção de M. Night Shyamalan que é um diretor famoso por seus plots, mas que até um pouco tempo atrás andava um tanto esquecido, uma vez que suas obras ficaram saturadas no mercado.  Pra começar, a virada de Fragmentado não está exatamente onde estamos acostumados a ver, uma vez que tal como no filme que o alçou ao sucesso, O Sexto Sentido, nós meio que nos acostumamos a viradas na trama, o que não é exatamente o caso aqui, infelizmente fica maio difícil falar alguma coisa sem entregar spoilers e diminuir a força do impacto, mas tenham em mente um twist no gênero do filme, não apenas dos personagens.
Mas existem alguns elementos que tornam a construção da obra surreal, como o fato de termos a câmera quase sempre focada apenas no rosto dos atores, de forma que além de aumentar a sensação claustrofóbica, uma vez que uma boa parte do filme se passa em um quarto e esse efeito de filmagem ajuda ainda mais a criar esse efeito, aumenta seu medo por não saber o que diabos está acontecendo ao redor de cada um dos atores. Some isso a algumas cenas sem qualquer adição de música de fundo ou com efeitos em off e o que você tem é a nítida sensação que algo muito ruim está prestes a acontecer, uma vez que isso te tira da zona de conforto que estamos habituados quando vamos ver um filme mais comercial.
Destaque do filme está por conta do ator principal, James McAvoy, beleza que não aparecem suas 23 personalidades, o que seria uma coisa meio absurda de se ver, mas somos presenteados com pelo menos umas 5 ou 6 que fala sério gente, é simplesmente incrível. São lances sutis, já que ele não dispõe de figurinos ou outras ferramentas mais complexas, ainda assim basta apenas uma piscada, uma mudança no jeito de falar e pimba! Sabemos que saiu uma personalidade e entrou outra.
Os atores que circundam o brilhantismo de James cumprem bem o seu papel, Anya Taylor-Joy faz o papel de uma menina com um trauma pesado em sua vida, detalhe esse que se deve ter em mente, uma vez que isso é de extrema importância para a trama, enquanto suas amigas, bom, são meras coadjuvantes menores mesmo. Já Betty Buckley faz o papel da psiquiatra pouco ortodoxica que cuida do caso e Kevin, além de outros tratando-os por vezes quase como sobrenaturais, pessoas capazes de feitos impossíveis para meros mortais.
É fantástico ver como mesmo sua estruturação é para algo que acreditamos estar esperando, uma vez que o começo aparenta refletir um típico filme de terror, com um sequestro, um cativeiro, tentativas de fuga de três vítimas adolescentes irritantes e desesperadas e no fim ele se revela muito diferente daquilo que se espera. (Plot de gênero, não esqueçam)
Tenho quase certeza que vocês já devem saber que esse filme faz parte de uma trilogia que se iniciou com Corpo Fechado nos idos 2000. Não vou estragar a maior surpresa do filme, mas recomendo que assistam a este mais velho primeiro, depois vejam fragmentado e se preparem para ter suas cabeças explodidas nos últimos dois minutos de filme.


  • Esse filme merece apenas o selo mais alto disponível nesse blog, afinal é somente o melhor filme do ano até agora! Selo Fincher nele. (5/5)



quarta-feira, 10 de maio de 2017

Veredito: Power Rangers


Salve, salve galera! Manda LP aqui continuando com seu processo de tirar o atraso nas críticas dos filmes que rolaram no mês de março.
Pois bem, vamos lá para a crítica de Saban’s (o que isso significa?) Power Rangers. Ou no clássico português, Power Rangers.
“A jornada de cinco adolescentes que devem buscar algo extraordinário quando eles tomam consciência que a sua pequena cidade Angel Grove - e o mundo - estão à beira de sofrer um ataque alienígena. Escolhidos pelo destino, eles irão descobrir que são os únicos que poderão salvar o planeta. Mas para isso, eles devem superar seus problemas pessoais e juntarem suas forças como os Power Rangers, antes que seja tarde demais.”
Olha aqui para nós eu não esperava absolutamente nada desse filme, na realidade assim que eu soube que iria sair um live action de Power Rangers, eu achei que ele seria ruim, afinal por mais que a série de TV fosse legal, jamais daria certo para adaptar toda aquela breguice para o cinema. Some-se isso ao fato de que ninguém da equipe de roteiristas ou direção tinha algum renome e eu apostei com toda certeza de que esse filme seria péssimo. É obvio que eu, no auge do meu conhecimento profundo sobre Hollywood tinha esquecido de levar em consideração que os estúdios sempre fazem uma porrada de alterações e jamais deixariam algo que passou nos anos 90 perfeitamente igual.
Pra começar o tom abordado no filme e a premissa de adolescentes desajustados, em busca de autoconhecimento é super cativante, a gente sente empatia por eles, muito devido ao fato do tempo de tela que é dedicado a cada um dos jovens garotos. E aqui eu preciso traçar um paralelo com um outro filme de super-heróis, o quarteto fantástico, porque de alguma forma eu senti que os dois filmes tentam acontecer mais ou menos da mesma forma, introduzindo longamente os protagonistas, fazendo uma grande jornada de descoberta dos poderes, para no fim culminar na luta, porém a formula só dá certo em um deles.
Mas é interessante ver como na parte de atuação eles cumprem com o que é esperado de jovens desajustados, cada um tendo seu devido problema pessoal, seja ele sexualidade ou apenas uma espécie de tristeza e desgosto disfarçados de loucura, eu acredito que a personalidade de cada um é bem trabalhada, mas merecem destaques Dacren Montgomery fazendo muito bem seu papel de estrela caída e líder dos Rangers e RJ Cyler que faz o papel de Ranger azul, roubando a cena e entregando uma atuação divertidíssima. Por outro lado, o elenco de apoio, composto por Bryan Cranston (ainda hoje eu não consigo levar a sério que o Walter White era mesmo o Zordon) como antigo Ranger vermelho que tenta desesperadamente salvar a vida do planeta enquanto serve como mentor dos garotos. Já a vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks) embora tenha gerado algumas dúvidas no começo, faz um excelente trabalho como contraponto aos heróis e logo na primeira cena já é mostrada qual a sua ligação com o Zordon.
Eu acredito que os maiores defeitos desse filme estejam relacionados ao seu orçamento baixo, muito dos problemas vem das sequencias de ação, dos efeitos especiais, e claro, poderia ter mais cenas com as roupas né? Que diga-se de passagem ficaram um pouquinho estranhas, digo, parece uma espécie de traje simbiótico, quase como algo vivo, mas que o design não é exatamente bom. E não sei vocês, mas eu achei os zords muito confusos. Quero dizer, eles deveriam replicar as mais poderosas criaturas da terra, que na época eram os dinossauros, certo? Então porque tem um tigre e um inseto de seis patas lá?

Por outro lado a junção deles, o megazord ficou o bixo, infelizmente sua aparição é absurdamente curta.
Vale ressaltar duas cenas muito boas, aquela da Rita comendo Donnuts, simplesmente hilária e mostra como a atriz soube equilibrar bem tanto a maldade, quanto a comedia. E a cena em que ela é derrotada, que me lembrou tanto os clássicos tokusatsos que eu acompanhei nos idos dos anos 90, quanto a cada vez que a equipe Rocket de Pokémon era derrotada.
No fim, Power Rangers é um filme que evoca o melhor das series temáticas japonesas com uma roupagem totalmente nova, que só não está mais bonita por conta do baixo orçamento.

  • Selo Coppola (4/5): Aqui pra nós, mesmo com alguns erros que um tanto quanto tolos, que supostamente deveriam ser de fácil correção, como o maior tempo de tela para as lutas. Eu confesso que assim que o Megazord se formou, até os bicos das minhas tetas enrijeceram... Aquilo foi demais de ver na grande tela.


segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Duque e Eu

Salve, salve galera! Olha, no post de hoje eu venho trazer algo um tanto diferente, mas não se acostumem, é uma exceção ao que nós usualmente fazemos aqui.
Ano passado foi lançado um desafio entre eu e a Tami (também conhecida como meu suplicio) do MeuEpilogo, onde eu deveria ler um livro que ela me indicaria, por outro lado eu indicaria uma HQ pra ela. Eu deveria resenhar esse livro, ao passo que ela deveria apenas ler e me dizer o que achou. Desafio justo? Claro que não, mas... Um dos termos desse nosso desafio consistia também no detalhe de que, se a leitura fosse complicada ela faria a resenha da história em quadrinho.
Venho por meio desta cumprir minha parte...
“Sinopse: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que
acorteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida. ” (Sinopse cortesia do ID)
Esse definitivamente não é meu tipo de leitura, não mesmo. A história é muito doce e infelizmente eu tenho diabetes...
Toda a melação se passa no ano de 1800, pra surpresa geral da nação, em Londres, em todo aquele estilo renascentista. Renascentista ou Vitoriano? Pois bem, lá é cheio de bailes, vestidos rodados, damas e cavalheiros, um verdadeiro porre. Dentro disso somos apresentados a Simon Hastings, um estereotipo típico, loiro, alto, forte, bom vivant, viajado e com um trauma infantil. Além de é claro, o segredo de que nunca iria se casar.
Nessa época as moças eram desesperadas para encontrar um bom pretendente, casar, ter filhos e tudo mais. E enquanto o cara que nunca ia se casar foge desesperadamente das mães que caçam bons maridos, nos conhecemos a Daphne Bridgerton, mais um estereotipo típico nesse tipo de história, menina inteligente, bonita, porém os homens sempre a veem como uma boa amiga, quase uma figura masculina de certa forma, um típico brother. A menina possui ainda outros três irmãos que se encarregam do seu bem-estar.
Confesso que a escrita pela escrita é boa, fácil de acompanhar, só o que mata mesmo é o conteúdo. A autoria Julia Quinn sabe descrever personagens e situações, digamos, engraçadinhas, porém não eram poucos os momentos em que a narrativa se tornava enfadonha pelo simples fato de não ter qualquer perspectiva de drama, ação ou qualquer lance psicológico que coloque os personagens em xeque. O que rolava muito era choro, sensibilidade, bêbados confessando seu amor. Todos fatos próximos da nossa realidade, inclusive eu já dei esse mesmo show e foi incrível, serio.
Bom, como não é meu habito fazer resenha de livros, já vou pros finalmentes.
Surpreendentemente, apesar do que disse lá em cima, de toda a doçura e tal. Sabem que eu até gostei da história, quero dizer, a leitura é absurdamente fluida e rápida. Os personagens, mesmo sendo um tanto estereotipados, são fofos e tem seu charme. Honestamente eu recomendo bastante, uma pessoa normal não deve levar mais de três dias para ler e vale muito a pena!

LJB: Liga da Justiça

Isso é o que nós sabemos. O mundo tornou-se mais sombrio. E, enquanto temos motivos para temer, temos a força para não fazê-lo. Há heróis...